SINDICOMIS apoia ofício da CACB, FACESP e Associação Comercial de São Paulo ao Ministério da Economia com alerta sobre os prejuízos da operação-padrão da RFB

O SINDICOMIS está entre as mais de 20 entidades que apoiam um ofício destinado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, com um alerta sobre os desdobramentos negativos da chamada “operação-padrão” conduzida pelos auditores da Receita Federal (RFB). O documento reforça que os impactos são sentidos não somente pelos empresários, mas também por todas as camadas da sociedade brasileira.

A carta foi encaminhada pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP) e Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Estima-se que a operação-padrão aumentou em quatro vezes o tempo de liberação das cargas, que passou de cinco para 20 dias. De forma resumida, os auditores realizam de forma mais rigorosa a checagem da documentação e das mercadorias, o que, inevitavelmente, consome mais tempo. O procedimento é uma reação ao corte no orçamento da RFB e a queda no número de empregados no setor.

Outro ponto que desperta preocupação, igualmente mencionado no ofício, é que, agora, mais funcionários públicos (como analistas de comércio exterior e fiscais agropecuários) estão aderindo ao movimento.

Se nada for feito, consumidor final sairá prejudicado

Luiz Ramos, presidente do SINDICOMIS, detalha as consequências desta lentidão na liberação das cargas. “Na importação, há a interrupção dos fluxos de suprimentos. Isso significa, por exemplo, que a matéria-prima não chega às indústrias. Com isso, a produção diminui, assim como a oferta de produtos. Estes fatores pressionam a inflação.”

Ele prossegue: “Na exportação, corre-se o risco de perder contratos devido aos atrasos nas entregas; temos menor competitividade, já que entregamos mercadorias mais caras; e nossa imagem internacional sai maculada. Em casos mais extremos, o cancelamento de negócios tende a reduzir a geração de divisas pelas exportações”.

O consumidor final também sofre transtornos. “As consequências mais visíveis para o cidadão são os preços mais altos dos bens de consumo, a escassez de produtos e, ainda, a falta de empregos.”

No ofício, as entidades reconhecem que os pleitos exigidos pelos auditores “são de extrema importância”, sobretudo as demandas relacionadas a investimentos internos. Porém, é imperativo o retorno à normalidade das operações, para que a economia brasileira possa retomar seu crescimento.

Apoio de mais de 20 entidades

O ofício também conta com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação; Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas; Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos; Associação Brasileira das Indústrias de Calçados; Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança; Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxteis; Associação Brasileira de Estilistas; Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento; Associação Brasileira dos Exportadores de Mel; Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas; Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil; Federação das Câmaras de Comércio Exterior; Sindicato do Comércio Atacadista do Rio Grande do Sul; Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras; Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos; Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil; e Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Campinas.

Clique para consultar o documento:

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