A demanda global por frete aéreo apresentou queda de 6,6% em novembro de 2020, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados são da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). Descontando efeitos sazonais, a demanda aumentou 1,6% em novembro, ante o mês anterior. Em outubro, o incremento foi de 1,1%.
De acordo com a Iata, os ganhos mensais indicam que a demanda por frete aéreo retornará ao nível de 2019 entre março e abril de 2021.
A capacidade ofertada em novembro apresentou queda de 20% em comparação com o mesmo mês de 2019. A queda deve-se ao fato das empresas aéreas ainda manterem uma parcela dos aviões de passageiros em solo. As companhias usam o porão dos aviões de passageiros para fazer o transporte de cargas.
A taxa média de uso dos aviões para carga ficou em 58,2%, o que representou um aumento de 8,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2019.
A recuperação na demanda por frete aéreo é explicada pelo pico de vendas no ano, com a proximidade da Black Friday e do Natal. Em novembro, as vendas no varejo cresceram cerca de 5% na China e nos Estados Unidos.
“A demanda de carga aérea ainda caiu 6,6%, no entanto, estamos observando melhorias contínuas em relação ao mês anterior. Graves restrições de capacidade persistem, pois grande parte da frota de passageiros permanece paralisada. Isso colocará pressão sobre a indústria, à medida que ela se prepara para entregar as vacinas de covid-19”, afirmou em comunicado Alexandre de Juniac, presidente da Iata.
Regionalmente, apenas a América do Norte apresentou crescimento na demanda por frete aéreo, com alta de 5% em novembro. Na América Latina, foi registrada queda de 19,2% na demanda.
Em relação ao transporte internacional de cargas, a demanda em novembro caiu 7,7% em relação ao mesmo mês de 2019. A oferta de espaço nos aviões, por sua vez, caiu 21,3%. Dessa forma, o fator de carga ficou em 65,6%, em alta de 9,7 pontos percentuais.
(Valor Econômico)