ARTIGO – Otimismos e perspectivas para 2021

Falam que uma das grandes funções do economista é prever o futuro de um país. O pulo do gato é que, diferentemente de quem faz adivinhações, mesmo os economistas mais moderados seguidores de qualquer modelo econométrico, dos mais simples aos mais sofisticados –, ainda têm suas previsões recheadas de hipóteses que derivam da mais pura intuição.

Entre as combinações de intuição e experiência, com um cenário atual para o Brasil em 2021, penso que a principal hipótese está ligada à vacina da Covid-19. A mesma trará perspectivas de que a economia mundial voltará ao normal e que teremos eventos positivos, capazes de fazer os nossos negócios andarem satisfatoriamente dentro do cenário do comércio internacional.

Mas são apenas conjecturas. Com a economia mundial focada em sua recuperação, as nações ganharão, novamente, o protagonismo na demanda externa. A aversão ao risco deve diminuir drasticamente, assim como os prejuízos acumulados ao longo dessa pandemia, abrindo espaço para novos investimentos na economia mundial.

Vejo que o mundo capitalista exigirá um pacto, um acordo entre as grandes economias em primeiro plano. Será um compromisso para redução das dívidas públicas e, consequentemente, para a recuperação do PIB dos países desenvolvidos e emergentes, que também terão aumentos similares. Contudo, os países que se empenharem nesse pacto poderão levar uma fatia maior dos investimentos estrangeiros após o término da crise.

Sabemos que o mercado, de forma geral, assim como nossa economia, tem seus altos e baixos: uma hora é favorável para importação; outra, para exportação. Exatamente por esta razão, é necessário que os empresários estejam disponíveis e atentos para as diversas oportunidades de mercado, para buscar novos negócios, soluções e inovações no Brasil e no exterior, mesmo com as incertezas, atuais e futuras, geradas pela política do governo Bolsonaro. 

Importante dizer – uma vez superada a crise sanitária causada pela Covid-19, é possível prever que a economia mundial se deparará com um ambiente de negócios mais propenso à imposição de restrições aos fluxos de comércio e, também, aos fluxos de investimento direto estrangeiro. Apesar disso, as oportunidades surgirão. Precisaremos estar preparados.

Por fim, digo que é importante que as nossas categorias econômicas estejam atentas; acompanhem as movimentações e oportunidades do comércio exterior; e aproveitem para aprender pelos processos necessários, a fim de que os seus negócios estejam aptos para a retomada.

A orientação é a de estarem mais perto dos seus clientes e das oportunidades significativas que surgirão, sem esquecer-se dos seus parceiros. Afinal, os mesmos dispõem de uma carteira que irá ajudá-los a estar prontos para o recomeço.

Penso que um novo começo é sempre possível. Não precisa de data e nem de hora marcada; apenas de vontade própria, acreditem!

Estamos juntos!

Luiz Ramos – Presidente do SINDICOMIS, ACTC e CIMEC

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