SINDICOMIS/ACTC em defesa da categoria diante dos impactos da Covid-19

Assim que os impactos econômicos da pandemia da Covid-19 começaram a se visualizar, o SINDICOMIS/ACTC iniciou uma série de discussões sobre seu posicionamento diante das maiores autoridades nacionais (como a Presidência da República, ministérios, presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, Governo do Estado de São Paulo, entre outras) e dos órgãos intervenientes do comércio exterior, inclusive para ajustar a gestão das entidades neste momento de excepcionalidades. Afinal, o acanhamento ou o temor ao trabalho árduo deixaram de fazer parte da sua história recente.

Como sabemos, o futuro da economia mundial é preocupante. Aqui, no Brasil, talvez seja o mais sombrio em décadas, uma vez que as projeções feitas ontem (13) pela respeitada economista Monica de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics (EUA), indicam que a retração no PIB brasileiro poderá se situar entre 6% e 9%, superior ao recuo de 5% esperado por ela há três semanas.

Essa previsão faz com que a brutal recessão do governo Dilma, que quase nos derrubou em 2015 e 2016 (quando o PIB encolheu 3,5% em cada um desses anos), fique parecendo brincadeira de criança. E não temos muitos motivos para duvidar da economista Bolle, uma vez que, dias atrás, o próprio ministro Paulo Guedes já sinalizou, durante videoconferência com senadores, que a queda do PIB poderá ser de 4%, caso a paralisação gerada pelo coronavírus se estenda para além de julho.

O SINDICOMIS/ACTC, por meio da sua Diretoria Executiva, não medirá esforços para que os efeitos devastadores sejam mitigados aos seus representados. Também não se omitirá diante do patriotismo abnegado que o cenário exigirá das lideranças. Iremos apontar e sugerir à Nação caminhos e soluções nesse sentido.

As principais medidas adotadas até o momento são:

  • Envio de ofício à Presidência da República, às presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, ao governador do estado de São Paulo, ao prefeito da cidade de São Paulo e aos dirigentes dos órgãos intervenientes do comércio exterior – como ANAC, ANTAQ, ANTT, entre outros – com medidas que entendemos como prioritárias e urgentes. Elas incluem um pacto de ações conjuntas entre os diversos setores de serviços, comércio e entidades de classes; a suspensão do pagamento de quaisquer impostos durante 12 meses; o congelamento das tarifas de água, luz, combustíveis e dos preços dos gêneros alimentícios; e a abertura de linhas de crédito especiais.
  • Articulação junto aos sindicatos laborais da categoria, buscando um alinhamento racional frente ao atual cenário e à proximidade da convenção coletiva.
  • Articulação, junto à FIATA, de uma reunião (realizada por meio de tecnologia digital) entre todos os que a representam no mundo, uma vez que, no Brasil, a ACTC é a sua única e oficial signatária.
  • Redução de, aproximadamente, 30% das despesas fixas do SINDICOMIS/ACTC, baseadas no amparo legal das medidas propostas pelo governo e aprovadas pelo Congresso, como a redução das jornadas de trabalho e, consequentemente, dos salários, assim como a renegociação junto aos fornecedores e prestadores de serviços.
  • Incremento na assessoria e consultoria jurídica oferecida pelas entidades em favor dos associados, no sentido de esclarecer as últimas medidas provisórias, decretos e regulamentações que afetam diretamente a categoria.
  • Solicitação a congressistas, com os quais já tínhamos contato, para reuniões e videoconferências de urgência.

O cenário atual requer uma série de atributos da classe empresarial e sindical. Em nosso caso, o nível de tensionamento se expande enormemente – não teremos que aprender a lidar com uma crise doméstica, mas sim com um terremoto econômico que afetou todos os países do mundo, sem uma única exceção.

Precisamos, mais do que nunca, estarmos unidos, sobretudo para propor soluções em favor da economia como um todo. Mesmo sabendo que temos profissionais competentes à frente dos ministérios, agências regulamentadoras, órgãos e autarquias, nós, empresários e agentes do comércio exterior, contamos com personalidades notáveis em nosso meio, com históricos profissionais brilhantes e anos de experiência e aprendizados práticos que superam, muitas vezes, diplomas e teses acadêmicas, assim como com jovens brilhantes, arrojados e determinados que fazem parte do nosso meio.

Passadas as medidas de impedimento à proximidade social e, evidentemente, quando soubermos que poderemos nos reunir com segurança, deveremos propor um amplo debate entre os membros nossa categoria. Precisaremos entender o momento pós-pandemia, visualizar as consequências em curto, médio e longo prazos e redigir um documento oficial, que será encaminhado às principais autoridades nacionais e do eixo principal do comércio exterior mundial.

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