De acordo com dados da última análise do Índice de Frete Rodoviário da Edenred Frete (IFR), com base em dados da plataforma Edenred Repom, o preço médio do frete por quilômetro rodado no país voltou a registrar queda em junho. O valor médio nacional passou de R$ 7,43 em maio para R$ 7,35 em junho, registrando recuo de 1,08%.
Segundo o índice, o recuo registrado em junho foi puxado por uma combinação de fatores. O principal deles vem do diesel, cujos preços médios continuam a recuar nos postos. Conforme o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), em junho, o valor médio do diesel comum caiu 1,29%, enquanto o tipo S-10 recuou 1,44% em relação a maio, fazendo com que ambos os combustíveis atingissem os menores patamares de preços médios registrados no ano até agora.
Outro ponto associado ao preço do diesel que pesou foi o reajuste do piso mínimo do frete, que passou a valer no fim de maio. Ao contrário do ocorrido no mês anterior, junho já registrou reflexos diretos das novas regras estabelecidas pela ANTT, com valores atualizados para baixo, o que também contribuiu para o recuo observado.
Além disso, a atividade econômica deu sinais de desaceleração ao longo do mês, especialmente nos setores da indústria e construção civil. A menor movimentação nesses segmentos reduz a demanda por transporte, o que ajuda a pressionar os preços para baixo. No campo, o atraso na colheita da segunda safra de milho também segurou parte do volume esperado para o período. Soma-se a isso a valorização do real frente ao dólar, que ajudou a reduzir custos logísticos atrelados a insumos importados.
“Em junho, tivemos uma convergência de fatores que favoreceu uma leve queda nos preços. O diesel mais barato, a retração econômica e o impacto pleno do novo piso mínimo ajudaram a puxar o frete para baixo. Foi uma queda pontual, mas que revela como o setor é sensível às dinâmicas macroeconômicas e sazonais”, comentou o diretor da Edenred Frete, Vinicios Fernandes.
Para julho, o cenário ainda é incerto. “A recuperação do agronegócio e a possível retomada da demanda em determinados setores podem exercer pressão de alta. Ao mesmo tempo, o comportamento do dólar e dos combustíveis seguirá no radar”, disse.
(Mundo Logística)