A pandemia do novo coronavírus que enfrentamos atualmente já está se demonstrando um dos maiores desafios para as nossas categorias econômicas e uma das maiores crises de saúde e financeira da nossa história. Afinal, a situação relacionada ao número de casos e mortes das empresas é alarmante e se torna cada dia mais assustadora.
Sendo assim, todas as empresas precisam encontrar novos métodos para continuar seu trabalho em frente a iminente crise. Nesse momento, mais do que em qualquer outro, é necessário ter uma cultura organizacional firme para servir como base às ações a serem tomadas.
Dizem que uma das grandes funções do economista é prever o futuro de um país. Entretanto, sofremos a mais alta carga tributária jamais vista e suas distorções flagrantes, que não permitem antever sequer o mínimo aceno de reforma, dado o justificado interesse monotemático despertado pela pandemia e seus severos efeitos socioeconômicos.
Entre as combinações de intuição e experiência com um cenário atual para Brasil em 2021, penso que a principal hipótese vem da vacina contra a Covid-19, já que a mesma traz para todos a perspectiva de que economia mundial volte ao normal e que tenhamos eventos que façam os nossos negócios andarem dentro do cenário do comércio internacional.
Entretanto, ainda são apenas conjecturas. Com a economia mundial focada em sua recuperação econômica, as nações ganham de novo o protagonismo na demanda externa. A aversão ao risco deve diminuir drasticamente os prejuízos acumulados ao longo dessa pandemia, abrindo espaço para novos investimentos na economia mundial.
Ao contrário de outros países que, neste momento de suplício para seus povos, têm adotado austeridade na condução da política econômica e na contenção dos gastos públicos, aqui, os tributos são elevados sem pudor ou receios.
Na verdade, a pandemia acelerou transformações que estavam em curso nas empresas há algum tempo, como a digitalização cada vez maior dos processos e rotinas. O investimento em tecnologia e inovação, dinâmicas online e a incorporação do home office mostraram-se alternativas de emergência em meio à crise do coronavírus, mas que chegam para ficar neste novo normal que estamos construindo.
Os negócios terão cada vez mais o desafio de pensar em uma reconfiguração de espaços físicos, assim como flexibilidade para a adoção de novas formas de trabalho e buscas contínuas por inovação. As relações com os colaboradores estão e estarão cada vez mais pautadas em confiança e transparência. Sairão na frente e terão mais condições de permanência no mercado aquelas empresas que lerem esse cenário e melhor se adaptarem.
Sabemos que o mercado, de forma geral, e a nossa economia, têm seus altos e baixos: ora favorável para importação, ora para exportação. Exatamente por esta razão, é necessário que os empresários estejam disponíveis e atentos para buscar novos negócios, soluções e inovações no Brasil e no exterior.
Portanto, mesmo diante de incertezas ou inseguranças, a atual crise só representa uma chance para sair do automático e prestarmos mais atenção nas oportunidades que nos cercam nos ambientes de negócios em que estamos inseridos.
Luiz Ramos – Presidente do SINDICOMIS, ACTC e CIMEC