Ato público reúne cerca de 450 Auditores em Brasília e categoria defende acirramento da greve

Em greve há 140 dias, os Auditores-Fiscais da Receita Federal intensificarão ainda mais a mobilização diante da demora do governo em atender ao pleito da categoria de reajuste do vencimento básico. Nesta terça-feira (15), cerca de 450 Auditores-Fiscais de todo o país, entre ativos e aposentados, participaram de um ato público, em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília. Durante a manifestação, Direção Nacional, Comando Nacional de Mobilização (CNM) e Conselho de Delegados Sindicais (CDS) foram recebidos pelo secretário-executivo da Fazenda, Dario Carnevalli Durigan; o secretário da Receita, Robinson Barreirinhas; e o subsecretário de Gestão Corporativa, Auditor-Fiscal Juliano Brito da Justa Neves. A deputada Erika Kokay (PT-DF) participou da manifestação e prestou apoio à categoria.

“Deixamos claro para o Ministério da Fazenda o nível de indignação da categoria e a nossa disposição para não recuar e continuar lutando”, relatou o presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Dão Real, que conclamou os Auditores para o acirramento da greve. “O que nos disseram é que há um processo em andamento para encontrar uma solução, com reuniões entre os ministérios e o envolvimento de parlamentares. Mas sabemos que não há solução sem pressão, por isso precisamos intensificar ainda mais a mobilização. Só com pressão vamos conseguir demover as resistências, onde quer que elas estejam”, complementou. Pela Direção Nacional, também participaram os Auditores-Fiscais Samuel Rebechi (1º vice-presidente), Nely Maria de Jesus (2ª vice-presidente) e Diogo Loureiro (diretor suplente).

Segundo o secretário-executivo, existe um compromisso do Ministério da Fazenda em buscar uma solução para a greve. Ele também assegurou que a Receita Federal, considerada peça-chave para o sucesso da gestão, não ficará para trás em termos de isonomia. O engajamento declarado pelo Ministério da Fazenda e pela Receita Federal é para a construção, junto ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI), de uma proposta que possa ser apresentada à categoria. É do MGI a atribuição de negociar com os servidores públicos. E cabe ao Ministério da Fazenda defender que essa negociação ocorra com o atendimento das pautas dos Auditores.

O presidente da Mesa Diretora do CDS, Auditor-Fiscal Elias Carneiro, também defendeu o acirramento da greve e lembrou que ativos, aposentados e pensionistas estão sendo prejudicados pela inaceitável falta de reajuste. “Não dá mais para ouvir conversas que a gente já sabe, que são positivas, mas não resolvem o problema”, criticou, afirmando que Santos vai acirrar mais ainda o movimento.

Para o Auditor-Fiscal Marcus Dantas, coordenador do CNM, o governo se limitou a repetir as mesmas promessas feitas na reunião ocorrida no dia 15 de janeiro. “Infelizmente, os prejuízos bilionários vão aumentar, com as aduanas, os tributos internos, a fiscalização, as DRJs, tudo parado”, declarou, conclamando os presentes a aprofundarem a mobilização em suas bases. O CNM reuniu-se na tarde desta terça-feira (15) para avaliar a manifestação (veja matéria aqui).

A importância do papel dos Auditores-Fiscais para o Estado brasileiro foi destacada pela deputada Erika Kokay. “O trabalho de vocês se transforma em política pública, em saúde, em educação. Por isso, é fundamental que o governo atenda aos interesses de vocês. É inadmissível que tenhamos os responsáveis pela arrecadação e fiscalização sem reajuste do vencimento básico”, disse a parlamentar. Segundo a deputada, o MGI está ciente que a regulamentação do bônus não se confunde com o reajuste salarial e que todas as carreiras do Executivo federal tiveram reajuste, exceto os Auditores-Fiscais.

A união de ativos e aposentados em torno do reajuste do vencimento básico foi destacada por vários Auditores-Fiscais, que manifestaram apoio à estratégia do sindicato de intensificar a paralisação nos diversos setores da Receita Federal e buscar apoio de parlamentares no sentido de pressionar o governo pela resolução imediata da greve. “A certeza que temos é que só o acirramento da greve vai nos levar à vitória. A nossa união nesse momento é o mais importante, estamos todos juntos em busca do mesmo objetivo. Vamos seguir na luta e vamos vencer”, declarou Diogo Loureiro.

Fonte: Sindifisco Nacional

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