Em comemoração aos 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC) e a Câmara Americana de Comércio (Amcham) assinam nesta terça-feira (21/5), em São Paulo, memorando para elaboração de um mapeamento inédito do comércio bilateral e dos investimentos envolvendo os dois países.
O estudo resultante desta parceria deverá conter análises sobre o comércio de bens e serviços, composição tarifária, barreiras não tributárias e o impacto social e econômico das exportações brasileiras aos EUA, com dados como remuneração, composição de gênero, importância para cidades e estados, entre outros.
Brasil e Estados Unidos completam 200 anos de relações diplomáticas no próximo domingo, 26 de maio. Foi nessa data, em 1824, que os EUA reconheceram a independência do Brasil, inaugurando laços políticos, econômicos e culturais que se ampliaram ao longo de dois séculos.
“Os Estados Unidos se destacam como nosso principal parceiro econômico, quando somamos nosso comércio de bens, serviços e investimentos”, destaca a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres. “São o principal destino das exportações brasileiras de produtos manufaturados e uma fonte importante de insumos para nossa competitividade industrial. Além disso, há um número elevado de empresas de pequeno porte e de regiões brasileiras envolvidas com exportações para os Estados Unidos”.
Segundo Tatiana, os estudos em parceria com a Amcham buscam mapear oportunidades para estreitar ainda mais a relação.
“Este memorando representa um marco significativo na nossa parceria de 200 anos com os Estados Unidos. Ele destaca nosso compromisso em promover o comércio de alto valor agregado e em explorar novas áreas de cooperação”, diz Abrão Neto, CEO da Amcham-Brasil.
Comércio bilateral
Em 2023, comércio de bens entre Brasil e EUA somou US$ 75 bilhões. Os Estados Unidos são o 2º principal destino das exportações totais brasileiras, atrás da China, e o 3º maior fornecedor de produtos estrangeiros ao Brasil, com uma participação de 15,8% no total das importações brasileiras. Destaca-se também a relação nos setores de serviços e investimentos.
De acordo com o Banco Central, o Brasil recebeu US$ 10 bilhões de investimentos diretos dos EUA em 2023. Nos últimos 10 anos, foram US$ 91,9 bi. O estoque de investimento os EUA no Brasil, até 2022, é de US$ 229 bilhões.