Excelentíssimo Sr. Vice-Presidente e Ministro Geraldo Alckmin,
Ilustríssimo Diretor-Presidente da ANAC, Sr. Tiago Sousa Pereira,
Demais autoridades,
Com extrema preocupação, o SINDICOMIS NACIONAL e a ACTC vêm a público alertar sobre a grave situação que se instala no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos, principal porta de entrada das importações brasileiras.
O cenário atual é alarmante há muitos dias. Recebemos múltiplas denúncias de nossos associados sobre atrasos críticos na liberação de cargas, com consequências que extrapolam as questões meramente comerciais. Medicamentos essenciais encontram-se retidos, comprometendo tratamentos médicos em curso, enquanto cargas perecíveis deterioram-se nos armazéns, gerando prejuízos incalculáveis.
Com a proximidade das festas de fim de ano, período de maior fluxo de importações, a tendência é de agravamento desta situação já crítica. Os custos adicionais com armazenagem e demurrage estão sufocando os importadores, muitos dos quais são pequenas e médias empresas que não suportarão este ônus extraordinário.
Reconhecemos e aplaudimos os esforços do atual governo, sob sua liderança,
Vice-Presidente Alckmin, para impulsionar o crescimento econômico do país. Entretanto, esta crise logística ameaça comprometer não apenas estes
avanços, mas também a credibilidade internacional do Brasil
como parceiro comercial confiável.
Desde os primeiros relatos desta situação, o SINDICOMIS NACIONAL e a ACTC conduziram uma pesquisa emergencial entre seus associados, que confirmou a gravidade do cenário. Enviamos imediatamente um ofício à Direção-Geral da ANAC, solicitando providências urgentes e sugerindo soluções.
É imperativo que os órgãos intervenientes e a agência reguladora
atuem com agilidade e eficiência para garantir a segurança a todos
os envolvidos no mercado. O momento exige uma ação coordenada e imediata.
Colocamo-nos inteiramente à disposição para, junto com outras entidades representativas do comércio exterior brasileiro, o GRU Airport e demais interessados, participar de reuniões em busca de soluções emergenciais para esta crise. Mais que isso, é fundamental estabelecermos protocolos que previnam situações similares no futuro.
A situação requer, como escrevemos acima, ação imediata.
O prejuízo à economia nacional, à saúde pública, aos importadores
e à imagem do Brasil no comércio internacional cresce a cada dia de paralisia.
Atenciosamente,
Luiz Ramos
Presidente do SINDICOMIS NACIONAL e da ACTC
