China retoma importação de frango de 50 frigoríficos após surto de Doença de Newcastle

A China retomou oficialmente as importações de carne de frango de todo o Brasil, com exceção do Rio Grande do Sul, após 26 dias de suspensão devido a um foco da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS).

Uma carta enviada pela Administração-Geral de Alfândegas chinesa (GACC, na sigla em inglês) à embaixada do Brasil em Pequim revogou a suspensão voluntária das exportações desde a útlima segunda-feira, dia 12 de agosto.

Conforme levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a China é o principal destino das exportações de carne de frango do Brasil. Entre janeiro e julho deste ano, o país importou 337,2 mil toneladas da proteína, gerando receita de US$ 745,6 milhões.

A decisão chinesa beneficia 50 frigoríficos de aves em diferentes estados do Brasil, mas oito plantas gaúchas seguem suspensas, assim como frigoríficos de Santa Catarina que processam aves vindas do Rio Grande do Sul.

O comunicado da GACC também diz que os produtos a serem enviados para o país asiático devem ser provenientes “de aves de áreas livres da doença de Newcastle”. Com isso, não serão aceitos animais do Rio Grande do Sul abatidos em plantas de Santa Catarina.

Já as cargas provenientes do Rio Grande do Sul, que foram embarcadas depois do dia 17 de julho e antes de 2 de agosto, poderão ser aprovadas na inspeção e análise laboratorial que será feita lote por lote pela aduana da China.

A certificação de produtos avícolas para o país asiático de frigoríficos gaúchos após 2 de agosto segue suspensa.

Quais frigoríficos gaúchos estão suspensos?

  • Cooperativa Central Aurora de Alimentos, de Erechim (SIF 68)
  • BRF, de Serafina Corrêa (SIF 103)
  • Cooperativa Languiru, de Westfália (SIF 730)
  • JBS Aves, de Passo Fundo (SIF 922)
  • Companhia Minuano de Alimentos, de Lajeado (SIF 1661), BRF, de Marau (SIF 2014)
  • JBS Aves, de Montenegro (SIF 2032)
  • Agrosul Agroavícola, de São Sebastião do Caí (SIF 4017)

O foco de Doença de Newcastle foi confirmado pelo Ministério da Agricultura em 17 de julho em uma granja comercial em Anta Gorda (RS), com a morte e sacrifício de 14,4 mil aves, ao todo.

Nenhum outro caso foi identificado e o surto foi encerrado em 25 de julho, conforme comunicado da Pasta à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Assim que confirmou o foco, o governo brasileiro atendeu aos protocolos sanitários firmados com os importadores e aplicou a auto suspensão das exportações. Os países aplicam embargos a diferentes regiões nesses casos: país, Estado ou zona de restrição, no raio de 10 quilômetros do foco.

Com a China, o protocolo prevê a interrupção das vendas de todo o país. Como não houve espalhamento da doença para outras granjas nem outros Estados, o governo brasileiro negociou a normalização do fluxo comercial.

Apenas a Argentina mantém o bloqueio para exportações de todo o país. Outros destinos restringiram o embargo ao Estado do Rio Grande do Sul, caso de China e México até agora, ou ao raio de 10 quilômetros do foco, como a União Europeia e dezenas de outros países.

Conforme a ABPA, apesar da suspensão, os impactos no fluxo de exportações foram baixos, já que houve redirecionamento temporário das cargas para outros mercados demandantes dos mesmos produtos que são enviados à China.

(News Agrofy)

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