Uma das fatias mais importantes da economia brasileira tem uma data para chamar de sua. O Dia do Comércio Exterior é comemorado no dia 28 de janeiro e teve sua origem em 1808. Neste ano, D. João VI assinou a Declaração de Abertura dos Portos às Nações Amigas. Este foi o primeiro documento de cunho internacional do Brasil independente.
A relevância dessa data se dá pelo fortalecimento da autonomia e da identidade nacional, além de estabelecer uma nova projeção econômica ao País. Fortemente impactado pela pandemia, o comércio exterior cearense dá sinais de recuperação.
Segundo o estudo “Ceará em Comex”, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios do Ceará, as importações cearenses apresentaram desempenho positivo em 2020, registrando US$ 2,41 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 2,4% se comparado com o ano anterior. Expectativas de melhora no quadro da pandemia apontam para uma retomada no mercado internacional. A mudança de governo nos Estados Unidos também contribui para a elevação das expectativas, além dos acordos comerciais firmados no ano passado, que deverão facilitar as transações entre os países.
Em 2020, a participação do Ceará na balança comercial do Nordeste foi de 11,5% enquanto na do Brasil ficou em 0,88%. Por outro lado, as importações cearenses representaram nos âmbitos regional e nacional, 16,74% e 1,52%, respectivamente. A abertura de novos mercados e a distensão das relações com países importantes, tanto do ponto de vista de fornecedores ou compradores das indústrias brasileiras, é ponto fundamental para fortalecer o comércio exterior brasileiro.
A expectativa para 2021 é que a recuperação econômica cearense seja tracionada pela internacionalização da indústria. As empresas estão mais fortalecidas e esperamos que tenham condições de recuperar sua competitividade internacional.
(Diário do Nordeste)
