Frete da Ásia para o Brasil quadruplica e pressiona varejo nacional

De acordo com dados da Solve Shipping, o preço do frete marítimo na rota de importação da Ásia para o Brasil quadruplicou em maio. Com o aumento dos custos logísticos, as importações se tornam mais caras, gerando preocupação entre os lojistas brasileiros que precisam buscar alternativas para manter a margem de lucro das empresas.

Segundo o CEO da China GateRodrigo Giraldelli, o transporte marítimo é a opção mais utilizada para quem importa da Ásia. Embora seja mais demorado, o frete marítimo é consideravelmente mais barato do que o aéreo. Mesmo com os aumentos recentes, ainda é uma alternativa mais econômica que a compra no mercado nacional”, explicou.

executivo pontou que o frete marítimo passa por oscilações ao longo do ano, geralmente influenciado pela demanda global por mercadorias. Nos meses que antecedem grandes datas do varejo, como a Black Friday e o Natal, os preços tendem a atingir os maiores patamares, já que há um volume expressivo de cargas sendo exportadas da China para abastecer mercados ao redor do mundo.

Diante da instabilidade, Giraldelli orientou que as empresas negociem prazos e volumes com fornecedores e transportadoras, busquem rotas e modais alternativos — como o aéreo ou rodoviário —, otimizem a cadeia logística para reduzir custos operacionais, planejem embarques com antecedência e monitorem as cotações do frete e o cenário global, para responder com rapidez às variações.

executivo também destaca o uso da importação digital, como os containers compartilhados, que permitem importar em quantidades menores, dividindo o espaço e os custos fixos, como frete e armazenagem.

De acordo com Giraldelli, outro ponto importante é garantir que todos os custos, incluindo o frete, sejam considerados na precificação dos produtos e devidamente repassados ao consumidor. O preço do transporte internacional pode mudar repentinamente por conta de conflitos ou decisões políticas, por isso, monitorar o cenário global e agir com estratégia é essencial para manter a competitividade.

“Se o frete subiu para você, também subiu para o seu concorrente e para o fornecedor nacional. Ou seja, todos serão impactados, o que mantém a importação competitiva”, destacou.

Na avaliação do executivo, uma alternativa eficiente e que está ganhando força no mercado para driblar os altos custos é o uso de containers compartilhados. Neles, é possível importar em menor quantidade, dividindo o espaço e as despesas fixas como frete e armazenagem. Isso reduz consideravelmente o investimento necessário, já que o importador paga apenas pelo volume que utilizar.

(Mundo Logística)

Associe-se

Filie-se

Dúvidas?

Preencha o formulário abaixo e nossa equipe irá entrar em contato o mais rápido possível!