O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou a geração de 142 mil empregos no acumulado do ano passado como uma das melhores notícias do setor econômico no período. Ele participou, nesta quinta-feira (28/1), da coletiva virtual de apresentação dos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) de dezembro e do acumulado de 2020.
“No acumulado de 2020 – quando fomos atingidos pela maior pandemia dos últimos 100 anos e tivemos uma queda do PIB de 4,5% – nós geramos 142 mil empregos”, observou.
Em 2020, foram gerados 142.690 empregos, resultado positivo apesar do lockdown de estados e municípios para conter o aumento do contágio do novo coronavírus. A partir de julho, verificou-se retomada acentuada e recordes seguidos de geração de emprego formal – sendo o mês de novembro o melhor saldo informado pelas empresas para um único mês.
O ministro citou a importância do Benefício Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (BEm)para o enfrentamento da crise econômica. De acordo com dados divulgados nesta quinta, o país possui 39 milhões de empregos com carteira assinada. Deste total, quase10 milhões de empregos foram preservados por meio do BEm.
Guedes falou também sobre o andamento da agenda econômica no Congresso Nacional. “Esperamos que assim que o Congresso retorne, o governo possa avançar com as reformas. Voltando o Congresso, nós temos condições de atacar saúde, emprego e renda, que são as nossas prioridades para esse ano de 2021”, concluiu o ministro.
Para o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, o governo conseguiu cumprir a missão de preservar emprego e renda. “Realmente uma pandemia sem precedentes, uma das maiores crises da história do nosso país. Estamos conseguindo passar pelo ano mais difícil, certamente 2020, com um saldo positivo nos dados do Caged e, mais do que tudo, com um saldo que demonstra uma tendência de retomada, de criação de empregos, que mostra que o Brasil é um país que gera oportunidades”, disse.
Bianco pontuou que desde os primeiros dias da crise, o governo sabia da necessidade de preservar empregos, a renda e as empresas e empresários. “Ao criamos um ambiente de comunhão, de conjunção de interesses entre empregados, empresas e empresários conseguimos fazer com que o governo fosse a mola propulsora para a preservação dos empregos e da renda das empresas e dos empresários”, falou.
Saldo de empregos em dezembro de 2020
Segundo dados informados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, o resultado de 67.906 vagas a menos no saldo de empregos de dezembro de 2020 do Novo Caged é mais um indício da recuperação acima das expectativas da economia brasileira. Isso porque o saldo do mês, devido à sazonalidade, é tradicionalmente negativo, muito superior, por exemplo, ao verificado no mês de dezembro em outros anos. Em dezembro de 2019, por exemplo, foram fechadas 307.311 vagas. Trata-se do melhor saldo desde 1995.
Em dezembro, o Brasil teve 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos. De janeiro a dezembro do ano passado, foram 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos (com ajustes até dezembro). O estoque de empregos formais no país chegou a 38.952.313 vínculos.
Confira a apresentação Estatísticas Mensais do Emprego Formal – Novo Caged
Acesse o Painel de Informações do Novo Caged
Benefício Emergencial
Os resultados mostram que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda – um pagamento de benefício mensal a trabalhadores que tiveram o contrato de trabalho suspenso ou a jornada e o salário reduzidos – foi fundamental para evitar demissões, em um ano tão atípico de enfrentamento de uma grave pandemia.
Dados atualizados até 31 de dezembro mostram que o BEm permitiu a celebração de 20.119.302 acordos entre 9.849.115 empregados e 1.464.517 empregadores no Brasil.
Mais informações sobre o Benefício Emergencial podem ser consultadas no Painel de Informações do BEm.