Mato Grosso do Sul está próximo de ter uma Rota Bioceânica real e funcional

Passo importante para a estruturação da Rota Bioceânica, a ponte que concretiza a união entre Brasil, por Porto Murtinho, e Paraguai, com a cidade de Carmelo Peralta, aproveita o período de estiagem para acelerar suas edificações.

Mais recente o Governo do Estado anunciou que segue com a pavimentação asfáltica da rodovia MS-270 (pelo programa “Governo Presente), que já tem 43% de sua obra executada, conforme o fiscal da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), Raimundo Ferreira.

Com 35,56 km de extensão, a obra (que tem R$ 45,358 milhões investidos) tem previsão de entrega marcada para janeiro de 2023, vindo para atender aos moradores de Cabeceira do Apa, que pedem a pavimentação da rodovia para que melhore o escoamento da produção, além de dar condições mais adequadas para o tráfego da região.

Além disso, como parte da insfraestrutura da  Rota Bioceânica, que permitirá o acesso dos produtos brasileiros ao Pacífico, o que facilita as exportações para os países asiáticos, os maiores parceiros comerciais de Mato Grosso do Sul.

Integração palpável

Cerca de 1.300 metros da Rota Bioceânica correspondem à ponte entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY), que incluem viadutos de acesso localizados nas duas margens do rio Paraguai e a parte estaiada de 630 metros, na área central da passarela.

Segundo o Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC) do Paraguai, a atual etapa de construção conta com seis perfuratrizes de 20 metros de comprimento, para que a fundação seja concluída.

Como apontou o gerente comercial da Cooperativa Sul-Mato-Grossense (Copasul), Rafael Cristiano Dolenkei, em entrevista ao Correio do Estado, as exportações são hoje duramente impactadas pela aduana, que funciona como limitador de tempo no transporte de insumos e materiais de produção.

Em justificativa da implantação da Rota Bioceânica, ainda que seja o de custo mais caro, a combinação dos modais rodoviário e hidroviário, compensa o custo da não adoção da ferrovia – tão usada em outros países – como meio de exportação. 

Para ele, o Corredor Bioceânico deve trazer diversas oportunidades, não só para a exportação, como também o comércio, turismo e estreitamento de relações com os vizinhos integrantes da Rota

Ainda, durante o 1° Fórum de Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico – realizado no fim de maio -, Nelson Cintra Ribeiro, prefeito de Porto Murtinho, exaltou as qualidades da Bioceânica e os benefícios que ela trará não só para o município, mas para todo o Estado.

“A expectativa é de um desenvolvimento brutal, assim, muito rápido, e a gente está correndo para organizar a cidade para receber essas famílias que vão para Porto Murtinho. E também outros grandes investidores que estão sendo procurados, os que compram dos países asiáticos, que vão chegar em Porto Murtinho”, disse.

(https://correiodoestado.com.br/economia/ms-esta-proximo-de-ter-uma-rota-bioceanica-real-e-funcional/402962)

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