O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, tomou posse no cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), nesta quarta-feira (4/1), destacando os compromissos prioritários do órgão com a reindustrialização do país, a expansão do comércio exterior e a revitalização do setor de serviços. A cerimônia foi realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O MDIC volta a existir no governo Lula, com a missão de promover a articulação entre o setor produtivo e o governo federal para formular políticas de desenvolvimento econômico. “A recriação do MDIC é uma medida fundamental para o Brasil retomar o caminho do desenvolvimento”, disse Alckmin. Ele reforçou que “a retomada do crescimento sustentável sob o prisma da justiça social” tem na reindustrialização uma de suas premissas essenciais. O novo ministério, de acordo com o ministro, buscará contribuir para a construção de uma economia “inclusiva, criativa e sustentável, com mais empregos de qualidade e com respeito aos direitos dos trabalhadores”.
“A desindustrialização precoce do país é grave”, afirmou Alckmin, constatação que levou, de acordo com o ministro, o presidente Lula a pedir a formulação, com urgência, de uma política moderna de desenvolvimento industrial para aprimoramento da produtividade e da competitividade do parque brasileiro. A eficácia desse processo, segundo Alckmin, exige a participação ativa do setor produtivo e da sociedade. “É do ambiente consensuado que resultará a política de reindustrialização brasileira”, ressaltou.
Comércio exterior
Sobre o comércio exterior, o ministro reforçou que o país precisa elevar o valor agregado de produtos e serviços, explorar sinergias entre os setores público e privado e dentro do próprio governo. Alckmin citou os benefícios da incorporação da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) ao MDIC, sobretudo na articulação entre o governo e o setor produtivo, algo decisivo para o “reposicionamento da imagem do Brasil no mundo”. Ele assinalou que a integração do Brasil ao mundo passa também pelas importações. “O Brasil recuperará o lugar que merece no comércio exterior”, pontuou.
O ministro observou que 2023 será um ano desafiador para o comércio exterior. Para ele, o aumento da competividade empresarial, a abertura de novos mercados e a inclusão de mais empresas de pequeno porte são o caminho para a superação dos desafios que virão. Alckmin destacou que o país – uma potência agroindustrial – precisa priorizar também os investimentos em alta tecnologia, citando as startups e a tecnologia da informação.
Reforma tributária e agenda ambiental
O ministro apontou que o MDIC contribuirá para a redução do Custo Brasil e para a melhoria do ambiente de negócios, e mencionou a necessidade da reforma tributária. Segundo Alckmin, nos diálogos que tem mantido com representantes do setor produtivo fica evidente a necessidade de “simplificação e avanço” do sistema tributário do país.
O meio ambiente também recebeu atenção especial no pronunciamento de Geraldo Alckmin, que enfatizou a necessidade de o Brasil assumir seu papel de protagonista para a descarbonização da economia global. O ministro afirmou que o desenvolvimento econômico em estreita sintonia com a preservação e valorização do meio ambiente é uma agenda prioritária do MDIC.