SINDICOMIS e ACTC ganham destaque internacional após Congresso Mundial da FIATA na Bélgica

Durante sua participação no Congresso Mundial da FIATA, realizado entre 3 e 6 de outubro em Bruxelas (Bélgica), Luiz Ramos e Hugo Buser – respectivamente, presidente e diretor do SINDICOMIS/ACTC – consolidaram acordos significativos e projetaram horizontes promissores para o setor logístico nacional. Ressalta-se: a ACTC é a única representante oficial da FIATA no Brasil.

Principais temas discutidos

Um dos pontos principais do encontro foi a importância da digitalização do setor logístico diante das mudanças geopolíticas e climáticas globais. A FIATA tem se dedicado a esse assunto, em colaboração com a Organização Mundial das Aduanas (OMA).

Outro foco de discussão foi a sustentabilidade do setor, com destaque para a “FIT for 55”, um conjunto de propostas para revisar e atualizar a legislação da União Europeia, visando ao alinhamento com os objetivos climáticos acordados pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu.

Apresentação e propostas

Durante a abertura do congresso, Ramos ressaltou a importância da Intermodal para a FIATA e para toda a cadeia logística internacional. Stéphane Graber, diretor-geral da FIATA, expressou seu apoio e compromisso com o evento, anunciando que levará o projeto de stand proposto pelo SINDICOMIS/ACTC ao conhecimento da presidência da entidade. Adicionalmente, Graber se comprometeu a divulgar detalhes da feira no site oficial da FIATA, incentivando a participação ativa de seus membros.

Motivado pelo discurso de Ramos, Nguyen Duy Minh, secretário-geral da Vietnam Logistics Business Association, confirmou sua participação, juntamente a outras cinco ou seis empresas, e expressou interesse em realizar um evento semelhante em seu país. Ramos fará a conexão entre os organizadores da Intermodal e Nguyen. O representante do Panamá também sinalizou sua ida à Intermodal.

Diálogos relevantes

Tsvetin Todorov, presidente da NSBS (The Bulgarian Association for Freight Forwarding, Transport and Logistics), abordou Ramos sobre o ATA Carnet no Brasil, questionando o motivo de sua extinção. O presidente do SINDICOMIS/ACTC explicou que, por decisão do governo brasileiro, o documento foi substituído pelo Regime de Admissão Temporária, tornando o processo mais eficaz, ágil e inteiramente digital, via SISCOMEX.

Outro encontro interessante ocorreu quando Ramos conheceu Mauro Spies, da Centennial College Canada. Ele é brasileiro e reside no Canadá, onde ministra cursos para jovens profissionais de logística.

O novo presidente da FIATA é o turco Turgut Erkeskin. Ele já fazia parte da vice-presidência, foi eleito para suceder a Ivan Petrov e foi oficialmente apresentado a Ramos.

Reunião das Américas

Durante a reunião das Américas, Hugo Buser reforçou a relevância de uma participação maciça de entidades e empresas na Intermodal. Ele salientou, ainda, os avanços do Brasil no âmbito da transmissão de documento digital, sublinhando que todas as operações de importação e exportação ocorrem eletronicamente, com os custos sendo cobertos pelo governo. Além disso, destacou a adoção brasileira da tecnologia blockchain.

Buser também mencionou os treinamentos sobre carga perigosa, ministrados pela ACTC em colaboração com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Ressaltou a longa parceria de mais de 20 anos com a Câmara de Comércio e Indústria Alemã na formação de jovens profissionais logísticos.

Conforme expresso por ele, uma aspiração brasileira é capacitar jovens para o mercado logístico e facilitar seu intercâmbio com a Europa, contando com o respaldo da FIATA e atendendo, assim, à crescente demanda europeia por especialistas no setor.

Outras interações relevantes

Veja, a seguir, um sumário das demais reuniões em que Luiz Ramos e Hugo Buser defenderam os interesses nacionais e dos representados pelo SINDICOMIS/ACTC.

  • Encontro de diretores no Brasil: por iniciativa de Luiz Ramos, o Brasil sediará o encontro de diretores da FIATA e a reunião do Grupo de Trabalho Marítimo. Este evento está marcado para acontecer entre os dias 9 e 13 de dezembro, no auditório do SINDICOMIS/ACTC. Uma recepção com coquetel está prevista para o período noturno, com o objetivo de promover um networking de estratégico entre empresários e executivos com a alta cúpula da FIATA.
  • Acordo de distribuição de documentos FBL e FCR: quanto à inclusão do seguro internacional, Graber validou a ideia, mas apontou que a implementação foi adiada devido a questões operacionais. Ele informou que a FIATA, em colaboração com o setor marítimo, está averiguando o procedimento que será adotado no Brasil e comprometeu-se a enviar uma relação das empresas de software homologadas para a emissão do FBL no país.
  • Extensão do FBL para transporte terrestre: Ramos questionou Graber sobre a possibilidade de aplicação do FBL exclusivamente para transporte rodoviário na Europa, desvinculado da parte marítima. Como isso não ocorre atualmente, a FIATA realiza testes na China. Se os resultados forem positivos, o recurso será disponibilizado para os demais países. Graber garantiu que fornecerá mais informações em dezembro, quando estará no Brasil. Hugo Buser propôs que empresas OTMs sejam inclusas na reunião prevista para os dias 9 a 13 de dezembro.
  • Selo OEA no FBL: Ramoslevantou a questão sobre a capacidade dos FBLs em incorporar o selo OEA. Atualmente, a FIATA reconhece essa possibilidade; no entanto, salienta a necessidade de alinhamento com as regulamentações vigentes no Brasil. A tarefa de revisar essas diretrizes foi assumida por Ramos.
  • Novo modelo de associação: a ACTC, na posição de única representante oficial da FIATA no Brasil, tem expressado consistentemente sua preocupação com a perda de associados pela FIATA ao longo dos últimos anos. Em Bruxelas, Ramos abordou novamente o assunto e citou que a WCA, atualmente, possui cerca de quatro mil membros no Brasil, enquanto a FIATA tem, aproximadamente, 30 associados.
  • Estratégias de revitalização: além de marcar presença na Intermodal, Ramos planeja adotar duas estratégias centrais para recuperar os associados da FIATA: utilizar a nova representação nacional do SINDICOMIS e restabelecer o diálogo com os ex-membros da FIATA no Brasil, com o objetivo de entender as razões de suas saídas e buscar soluções para reverter a situação.

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