Tarifas dos EUA sobre medicamentos e caminhões entram em vigor nesta quarta

As tarifas sobre importação de produtos farmacêuticos e caminhões pesados, anunciadas na última semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passam a valer nesta quarta-feira (1º).

Segundo Trump, a medida busca proteger os fabricantes locais diante do que ele chamou de “concorrência externa desleal”. Ele ainda citou “razões de segurança nacional”. As novas taxas são de 100% para medicamentos e de 25% para caminhões pesados.

Na segunda-feira, o republicano também anunciou tarifas de 10% para madeira importada e de 25% para armários de cozinha, pias de banheiro e móveis estofados. As cobranças entram em vigor em 14 de outubro.

Produtos farmacêuticos

Entre as tarifas anunciadas na última semana, a mais alta, de 100%, é para itens farmacêuticos. Trump afirmou que a taxa vale para importação de medicamentos de marca ou patenteados, exceto nos casos em que a empresa responsável esteja construindo fábricas no território americano.

A Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (Associação de Pesquisa e Fabricantes de Produtos Farmacêuticos) se opôs às novas tarifas sobre medicamentos.

A entidade informou que, no início deste ano, 53% dos US$ 85,6 bilhões em ingredientes utilizados em medicamentos consumidos nos EUA eram produzidos no país, enquanto o restante vinha da Europa e de outros aliados americanos.

Caminhões pesados

Para caminhões pesados, Trump anunciou tarifa de importação de 25%. O republicano afirmou que o objetivo da medida é proteger os fabricantes locais da “concorrência externa desleal”.

Embora tenha mencionado caminhões “grandes”, Trump não especificou quais modelos seriam afetados. Segundo ele, a medida deve beneficiar fabricantes americanos como Peterbilt, Kenworth e Freightliner.

O México é o principal exportador de caminhões médios e pesados para os EUA. Um estudo divulgado em janeiro mostrou que as importações desses veículos do país triplicaram desde 2019.

As tarifas também podem impactar a Stellantis, controladora da Chrysler, que fabrica caminhões pesados Ram e vans comerciais no México.

Além disso, o grupo sueco Volvo está construindo uma fábrica de caminhões pesados em Monterrey, no México, no valor de US$ 700 milhões, com início das operações previsto para 2026.

No ano passado, os EUA importaram quase US$ 128 bilhões em peças para veículos pesados provenientes do México, o que representa cerca de 28% do total das importações do país, segundo informações oficiais.

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