TCP cresce 24% e movimenta mais de 1,5 milhão de TEUs em 2024

Segundo a companhia, o volume de contêineres chegou e partiu do cais do terminal por meio da atracação de 992 navios ao longo do ano

A TCP encerrou 2024 atingindo o recorde de 1,56 milhão TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados. O volume representa uma alta de 24% em relação ao volume registrado no balanço de 2023 e corresponde a 10,8 milhões de toneladas em cargas. Segundo a empresa, o resultado posiciona o Porto de Paranaguá como o segundo do Brasil a ultrapassar a marca.

Como comparação, a medida de 1,56 milhão TEUs é equivalente a 9, 50 mil quilômetros de contêineres, comprimento que se assemelha à distância em linha reta de Paranaguá até a cidade-estado de Mônaco, no sul da França (9.57 mil km), ou 2,2 vezes a distância do Chuí ao Monte Caburaí, pontos mais extremos ao norte e ao sul do Brasil.

Segundo a companhia, o volume de contêineres chegou e partiu do cais da TCP por meio da atracação de 992 navios ao longo de 2024, número 19% superior ao fluxo de embarcações registrado em 2023.

De acordo com a gerente comercial de armadores da TCP, Carolina Merkle Brown, o resultado é reflexo direto do aumento no número de serviços marítimos que atendem o terminal. “No último ano, a TCP passou a receber atracações de mais oito serviços, sendo seis de longo curso e dois de cabotagem. Com 25 linhas semanais, o Terminal se destaca como o maior concentrador de serviços do Brasil, o que evidencia a vocação da TCP para se tornar um dos principais hubs portuários da costa atlântica da América do Sul”, afirmou.

Além disso, um marco importante para a TCP foi a atracação dos maiores porta-contêineres que operam no Brasil. Esses navios, com 366 metros de comprimento e mais de 48 metros de largura, começaram a operar no terminal, o que reflete a crescente capacidade de recebimento de embarcações de grande porte.

Outro avanço foi a atualização do calado operacional do terminal. Em novembro de 2024, o calado foi ampliado de 12,1 metros para 12,6 metros em maré zero, permitindo que navios maiores e com maior capacidade de carga atracassem de forma mais ágil e segura. Segundo a empresa, a previsão é que, com esse aumento de calado, os navios possam operar com até 400 TEUs a mais, o que contribui diretamente para a otimização da logística no terminal.

Crescimento nas exportações

Em termos de exportações, o terminal se destacou nas vendas de carnes e congelados, com 3,4 milhões de toneladas, consolidando-se como o principal corredor de exportação de carnes do Brasil. As exportações de madeira e papel e celulose também apresentaram aumento, com 47% e 54%, respectivamente.

Ao todo, a movimentação de contêineres reefer alcançou a marca de 266,2 mil TEUs, incremento de 7% em relação a 2023 e que conferiu a conquista de uma nova máxima para a operação nesse segmento no terminal.

Em segundo lugar vieram as exportações de madeira com um crescimento de 47% e chegando à marca de 1,4 milhão de toneladas. Já o segmento de papel e celulose embarcou 974 mil toneladas, crescimento de 54% em comparação ao ano anterior.

Boa parte das cargas de papel e celulose chega ao Terminal de Contêineres de Paranaguá por meio da linha férrea, que conecta o porto às regiões oeste e norte do estado do Paraná. “Hoje, a TCP é o único terminal portuário do Sul do Brasil a possuir conexão direta entre a zona primária e um ramal ferroviário. Esse é um diferencial que traz maior previsibilidade, segurança, redução de custo e das emissões de gases de efeito estufa na cadeia logística de nossos clientes”, comentou o gerente Comercial, de Logística e Atendimento da TCP, Giovanni Guidolim.

O KBT, projeto logístico intermodal em operação desde 2021 e que conecta a TCP a um terminal de contêineres localizado na planta Puma II, da Klabin, em Ortigueira (PR), por meio de um ramal operado pela Brado Logística, também encerrou o ano com um novo recorde de produtividade. Utilizado exclusivamente para transportar contêineres com papel e celulose, o KBT movimentou 86,40 mil TEUs, crescimento de 33% em relação ao ano anterior, quando 64,97 mil TEUs foram transportados.

O projeto KBT, que conecta a TCP a um terminal da Klabin em Ortigueira (PR), também obteve um novo recorde de produtividade, movimentando 86,44 mil TEUs, um aumento de 33%. A movimentação geral de contêineres pela ferrovia foi de 101,52 mil TEUs, com um crescimento de 9%.

No segmento de importações, o maior volume foi de produtos químicos e petroquímicos, com 648 mil toneladas, impulsionadas principalmente por defensivos agrícolas e fertilizantes. O segmento automotivo também apresentou crescimento de 12%, com a movimentação de 562 mil toneladas.

Fonte: Mundo Logística

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