ARTIGO – Que 2021 venha pleno, perante todas as dificuldades e desafios que tivemos em 2020

Senhoras e senhores, uma coisa é certa: neste 2020, tivemos de desacelerar em todos os sentidos. Aprendemos muito com a pandemia da Covid-19, mas, talvez, o principal foi descobrir que, sozinhos, não somos nada, nem ninguém.

Por outro lado, tivemos de acelerar o tempo para prestar mais atenção ao outro e aos nossos negócios. Aprendemos a lidar e identificar as nossas próprias dificuldades de uma forma nunca vista em nossas categorias econômicas e, inclusive, em meio às teorias conspiratórias e à desconfiança, que se encontram em ascensão desde as primeiras conturbações que vivenciamos.

Parece-me ser um ano sem fim. Tivemos de nos ausentar e, dentro de nossos lares, nos reinventarmos; assumirmos de vez a nossa versão alpha e inovarmos a cada dia na nossa vida profissional, pessoal e social. Tivemos de encontrar novas formas de demonstrar sentimentos, sem o toque, tão habitual em nossas rotinas.

Fomos obrigados a reduzir e repensar o nosso ritmo e modo de consumo. Com as pessoas em suas casas, os índices de poluição ao redor do mundo diminuíram. Apesar de entendermos que essas mudanças são temporárias e relacionadas ao confinamento, será que isso não poderia nos ajudar a encontrar soluções para questões e necessidades reais, sem sermos obrigados a ficar encarcerados?

Será que essa crise não veio, também, para nos alertar e mostrar que somos capazes, enquanto empresas, governos e cidadãos, de implementar um novo marco positivo e gerar novas oportunidades?

Penso que, sem compreensão e cooperação coletiva das nossas categorias, não sairemos desta crise. Acredito que este seja o momento de nos conectarmos, deixando nossas diferenças de lado, olhando mais para os lados, para o alto e para a frente.

Pactos nas lideranças das nossas propostas tiveram de ser revistos, assim como tivemos que encontrar novas formas de fortalecer nossa representação junto a todos os órgãos dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, por meio de um time competente das nossas entidades.

É clichê dizer que a tecnologia une os empresários, mas essa afirmação nunca foi tão real quanto será para 2021. As empresas que eram resistentes ao método home office, por exemplo, tiveram de ceder e acabaram descobrindo que ele pode ser uma boa ferramenta de trabalho. Descobrimos que aquelas reuniões presenciais, com horas de duração, podem ser feitas com muito mais efetividade por videoconferência – por exemplo, pela plataforma Zoom, como é o nosso caso –, sem deslocamentos dispendiosos e demorados.

Obviamente, esse esquema não funcionou neste momento para todas as empresas e negócios, mas, para muitas, sim – e muito bem! Então, por que não trazer esse formato para 2021 e aprimorá-lo? Não por obrigação ou imposição de força maior, mas como forma de trabalhar.

Outro aprendizado que devemos manter para 2021 é saber filtrar as informações que recebemos de diversas fontes. As fake news, por exemplo, chegaram para ficar. Este é um movimento que só tende a crescer. Saber pesquisar a fonte da notícia se tornou essencial para muitos que não tinham o hábito de se aprofundar nos assuntos. De fato, tivemos que agir desse modo por uma questão de preservação.

Não posso deixar de comentar sobre a importância das redes sociais e do ambiente digital. Perdi a conta de quantos webinars passaram pelas minhas redes, trazendo os mais diversos assuntos. Os temas variavam desde sobre como lidar com o meio ambiente e com a pandemia, até como formar e manter o negócio vivo, ativo, eficiente, influente e lucrativo. Evidentemente, também foram geradas muitas inutilidades nesse contexto.

Entretanto, tudo isso serviu para nos mostrar que, sem diálogo, não vamos nem chegamos a lugar algum. Não importa sua ideologia. Os empresários das nossas categorias econômicas têm que participar mais das agendas inerentes às nossas atividades, apresentando sugestões para nossas entidades.

Sem tolerância, participação efetiva e respeito às propostas, o caminho será nebuloso para todos em 2021. Temos que nos unir e ter em mente que não podemos nos deixar levar pela angústia, pela ansiedade, pelo desespero, pelo medo e pelas incertezas.

A exigência da inteligência emocional para lidar com tantas pessoas, oriundas de culturas diversas e com adversidades diferentes (que é o caso deste país-continente) me faz reiterar que é necessário saber ouvir mais do que falar e dispor-se mais a entender do que a querer ser entendido.

Ou seja: precisamos aprender mais e mais, porque, quanto mais nos preparamos, mais nos damos conta de que não sabemos de nada.

Que este novo ano traga, primeiramente, muita saúde e coragem. Assim, já teremos o suficiente para conseguir todo o resto. Que, também, nunca nos falte trabalho e que as nossas empresas continuem, por muitos anos, prezando sempre pelos nossos negócios atuais e futuros!

A palavra de ordem é: estamos juntos!

Feliz ano novo a todos.

Luiz Ramos, presidente do SINDICOMIS, ACTC e CIMEC

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