Diretores da ACTC e do SINDICOMIS NACIONAL representam o Brasil no Congresso Mundial da FIATA, realizado na Cidade do Panamá de 24 a 27 de setembro. Logo no primeiro dia do evento, que reúne mais de 800 participantes de todo o mundo, a comitiva brasileira protagonizou algumas das mais importantes discussões sobre os desafios e avanços do agenciamento de cargas para comércio exterior, reforçando a posição do Brasil e da América do Sul no cenário global de logística e transporte internacional.
A comitiva conta com a presença de Luiz Ramos, Wilson Braun e Maria Italia Piniano, respectivamente, presidente, vice-presidente e diretora suplente da ACTC e do SINDICOMIS NACIONAL.
Reunião do Multimodal Transport Institute (MTI)
Um dos primeiros compromissos do grupo brasileiro ocorreu na reunião do MTI, envolvendo questões regulatórias e os desafios enfrentados pelos transitários em todo o mundo. O encontro abordou temas relevantes, como as práticas abusivas das companhias marítimas no transporte internacional, problema que afeta diretamente o comércio exterior e o setor logístico global.
A intervenção de Luiz Ramos abriu caminho para debates sobre a inclusão do Mercosul nas negociações internacionais de logística. Ele defendeu maior colaboração entre a FIATA e o bloco econômico desta região, apontando a falta de representação de alguns países sul-americanos na federação como um entrave para a integração regional. Ramos também ressaltou os problemas de infraestrutura, principalmente no transporte ferroviário do Brasil, como um desafio para o crescimento sustentável do setor. Seu discurso foi acompanhado pelos presentes e despertou muita atenção por conta do profundo conhecimento que possui sobre as questões estruturais do Mercosul.
Tema sensível levantado por Ramos será levado aos países-membros
A crescente concentração no mercado global de transporte marítimo foi criticada por Luiz Ramos, que citou como exemplo a recente aquisição da Santos Brasil, controladora do Tecon-Santos, pela gigante francesa CMA CGM. “Este movimento ilustra a crescente concentração de poder entre os grandes players do mercado, o que acaba por prejudicar a competitividade e a diversidade do setor”, alertou.
Um dos participantes da reunião argumentou que tais aquisições fazem parte do setor privado e estão dentro da legalidade. No entanto, o ponto de vista de Ramos ganhou eco quando outro representante enfatizou que, apesar de serem decisões comerciais, o controle crescente das grandes empresas sobre o setor logístico deveria, sim, ser motivo de preocupação e ação por parte da FIATA, que pode exercer seu poder de lobby para equilibrar o jogo de forças no setor.
Apoiando as declarações de Ramos, Jens Römer, vice-presidente da FIATA e presidente do Grupo de Trabalho de Transporte Marítimo, afirmou que a federação já atua junto a governos para combater práticas abusivas de companhias marítimas, com resultados positivos. Römer conclamou os membros da FIATA a levarem o debate para seus países e a engajarem seus governos nas negociações para ampliar o impacto dessas ações.
Brasil e Mercosul voltam a ter relevância
Ramos, na reunião do MTI, reforçou a necessidade de maior colaboração entre FIATA e Mercosul, destacando os desafios do Brasil – infraestrutura, burocracia e competitividade – no comércio internacional, destacando ser o país com a maior economia do continente. Ao levar essas questões à FIATA, o presidente da ACTC e do SINDICOMIS NACIONAL ampliou a visibilidade dos problemas regionais e abriu caminho para discussões benéficas ao setor logístico sul-americano.
Defesa dos interesses nacionais e internacionais
A proatividade das entidades brasileiras ficou evidente aos presentes no Congresso Mundial da FIATA por conta da união e do conhecimento técnico demonstrados por Luiz Ramos, Wilson Braun e Maria Italia, assim como a força que a ACTC e o SINDICOMIS NACIONAL possuem por representarem as empresas do setor de todos os estados brasileiros e Distrito Federal. Ao defenderem os interesses brasileiros e das empresas de menor porte do setor de agenciamento de cargas, estas entidades reforçaram internacionalmente o comprometimento com a melhoria da infraestrutura e da competitividade do setor.
Luz no fim do túnel
As discussões iniciadas no Panamá prometem novas oportunidades de negociação, regulamentação e inovação para o setor logístico brasileiro. A ACTC e o SINDICOMIS NACIONAL estarão na vanguarda desse processo, buscando um ambiente mais justo e competitivo para todos.
O Congresso Mundial da FIATA 2024 marcou o início de ações que visam trazer benefícios concretos para o Brasil e o Mercosul. A liderança da ACTC e do SINDICOMIS NACIONAL está sendo fundamental para a defesa do setor logístico e o fortalecimento da presença brasileira no cenário internacional.
Assessoria de Comunicação