Por meio de um comunicado, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, rejeitou de forma categórica as declarações de Donald Trump, que, em seu discurso inaugural como novo mandatário dos Estados Unidos, reiterou sua intenção de recuperar o Canal do Panamá.
O governante norte-americano, que assumiu em 20 de janeiro um segundo mandato não consecutivo, lançou a ameaça de retomar o controle da via no final de 2024, alegando que as novas tarifas do Canal do Panamá eram uma “fraude” e indicando que a via estava sob a influência da China. Ambas as afirmações foram refutadas por seu homólogo panamenho.
“Em nome da República do Panamá e de seu povo, devo rejeitar integralmente as palavras proferidas pelo presidente Donald Trump em relação ao Panamá e ao seu Canal, em seu discurso inaugural. Reitero o que foi expressado em minha mensagem à Nação, no último 22 de dezembro: o Canal é e continuará sendo do Panamá, e sua administração permanecerá sob controle panamenho, respeitando sua neutralidade permanente. Não há presença de nenhuma nação do mundo que interfira em nossa administração”, afirmou Mulino.
“O Canal não foi uma concessão de ninguém. Foi o resultado de lutas geracionais que culminaram em 1999, fruto do tratado Torrijos-Carter e, desde então, por 25 anos, de forma ininterrupta, o temos administrado e expandido com responsabilidade para servir ao mundo e ao seu comércio, incluindo os Estados Unidos”, acrescentou.
“Exerceremos o direito que nos assiste, a base jurídica do Tratado, a dignidade que nos distingue e a força que nos dá o Direito Internacional como via adequada para gerir as relações entre países e, sobretudo, entre países aliados e amigos, como demonstram a história e nossas ações em relação aos EUA. O diálogo é sempre o caminho para esclarecer os pontos mencionados sem prejudicar nosso direito, soberania total e propriedade sobre o nosso Canal”, enfatizou o governante panamenho.
Fonte: PortalPortuario
Tradução por: Sindicomis