Segundo a Binswanger Brazil, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Goiás apresentaram preços pedidos por m² acima da média nacional
Levantamento da consultoria Binswanger Brazil apontou que, no primeiro trimestre de 2025, a taxa de vacância dos galpões logísticos de padrão A e A+ no Brasil caiu para 8%, o menor índice já registrado. O preço médio pedido atingiu R$ 27,13 por metro quadrado, também o maior valor já observado no país.
Para comparação, no último trimestre de 2024, a vacância estava em 8,8% e o preço médio era de R$ 26,37 por m².
Segundo a consultoria, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Goiás apresentaram preços pedidos por m² acima da média nacional. Líder no ranking, a Bahia respondeu por valor de R$ 30,62, resultante da concentração da vacância em dois projetos com preço médio elevado.
Em São Paulo, segundo colocado, o preço médio pedido foi de R$ 28,38. No raio de 30 km da capital, a média foi de R$ 31,99, chegando a R$ 42,79 dentro do raio de 15 km.
De acordo com a companhia, a redução da vacância no trimestre foi impulsionada por uma absorção líquida de 438 mil metros quadrados — diferença entre locações e devoluções — número superior ao volume de novos estoques entregues no período, de 246 mil metros quadrados. Ao fim de março, o estoque total de galpões de padrão A e A+ no país era de 31,4 milhões de metros quadrados.
Apesar da alta na ocupação, a absorção líquida caiu em relação ao último trimestre de 2024, quando chegou a 609 mil m². A consultoria atribui a desaceleração às incertezas econômicas, tanto internas quanto externas. Ainda assim, a demanda se manteve forte, puxada principalmente por empresas de comércio eletrônico.
E-commerce lidera a demanda por novos espaços
Segundo pesquisa da Binswanger Brazil, a maior locação registrada no trimestre foi da Shopee, com 80 mil metros quadrados. Em 2024, a empresa havia contratado 262 mil metros quadrados, ficando atrás apenas do Mercado Livre.
O levantamento da consultoria apontou a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Jaboatão dos Guararapes (PE), Extrema (MG), Cajamar (SP) e Itapeva (SP) como responsáveis pelas maiores absorções líquidas do primeiro trimestre. Os empreendimentos entregues na RMBH e em Jaboatão dos Guararapes já chegaram ao mercado alugados.
De acordo com a Binswanger, no curto prazo, o ambiente está mais desafiador para o segmento de galpões por conta de juros altos, que elevam o custo de capital de investimentos e dificultam a captação de recursos por fundos imobiliários, mas a economia brasileira segue em crescimento, e o estoque de empreendimentos de qualidade do Brasil ainda é pequeno se comparado ao de outros países emergentes.
Fonte: Mundo Logística