As empresas de navegação por cabotagem que fazem a rota Santos-Manaus buscam estratégias para minimizar os impactos da seca prevista para a região do Amazonas.
A Log-In Logística Integrada afirma que tem monitorado diariamente os níveis de profundidade na Bacia do Amazonas. Por conta da seca prevista, alguns clientes da empresa já começaram a adiantar os embarques, armazenando mercadorias de forma antecipada à seca. Em nota, a empresa citou que a operação utilizada ano passado, com o píer flutuante, “demonstrou ser uma solução viável e que atende às necessidades do mercado”.
O diretor comercial da Norcoast, Marcio Salmi, conta que a empresa tem antecipado cenários e implementado estratégias a partir do aprendizado com as experiências de 2023 e 2024.
“Nossa estratégia é multifacetada e visa a adaptação contínua às condições do rio. Incentivamos a antecipação do fluxo de cargas em períodos de maior disponibilidade e menor risco, aproveitando os níveis mais favoráveis do rio. Além disso, temos planos claros de adaptação à redução do calado, que nos permitem manter o fluxo mesmo diante das limitações de profundidade”.
Apesar das projeções climáticas indicarem um cenário de seca menos impactante neste ano, Salmi conta que é importante se precaver. Ele diz que a Norcoast mantém uma postura de cautela e vigilância máxima.
“Independentemente das projeções, a experiência valiosa que acumulamos, em particular com as soluções operacionais que validamos com sucesso em 2024, nos permite estar ainda mais preparados para qualquer cenário. Nosso foco permanece em garantir a tranquilidade e a eficiência das operações logísticas de nossos clientes na Amazônia, seja qual for a intensidade da estiagem”.
Já a Aliança tem orientado os clientes a anteciparem o envio de cargas. Além disso, a empresa informou que conta com “soluções logísticas bem estruturadas e equipes especializadas para manter a regularidade dos atendimentos”.
Obras na região
Em 2024, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) explica que contratou a execução do Plano Anual de Dragagem e Manutenção Aquaviária (Padma) e do Plano de Sinalização Náutica para o estado do Amazonas.
De acordo com o Departamento, esses planos têm o objetivo de garantir a navegabilidade em rotas estratégicas do transporte fluvial, conectando alguns trechos na região: Manaus–Itacoatiara, Tabatinga–Benjamin Constant, Benjamin Constant–São Paulo de Olivença e Coari–Codajás. A expectativa é que as obras comecem até setembro e terminem em novembro ou dezembro.
O Dnit afirma que executa, no momento, o Plano de Manutenção Hidroviária no Rio Madeira, que complementa as ações de dragagem ao promover a manutenção contínua da infraestrutura de navegação. O órgão diz que essa medida contribui diretamente para a segurança e regularidade do transporte hidroviário na região.
Serviços
O Dnit afirma que executa o Plano de Manutenção Hidroviária no Rio Madeira (AM), que complementa a dragagem. “Assegurar a profundidade necessária nos principais trechos hidroviários garante não apenas a segurança das embarcações, mas também a manutenção do fluxo logístico do Polo Industrial de Manaus”.
(A Tribuna)