O Brasil segue com deflação, recuperação econômica e queda no desemprego, apontou nesta quinta-feira (20/10) o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante palestra sobre o tema “Cenário Econômico do País” em reunião de diretoria da Confederação Nacional do Comércio (CNC), no Rio de Janeiro. Ele afirmou que o Brasil é hoje um dos países com menor taxa de inflação entre os países do G20, à frente de nações como Alemanha e Estados Unidos.
Aos empresários do comércio, apresentou indicadores que comprovam a retomada econômica após a Covid-19, como o aumento da arrecadação federal e a alta na geração de postos de trabalho, principalmente com empregos formais. Ele citou que o nível de desemprego caiu de 14,9% para 8,9% e enfatizou que, paralelamente, foram executados programas sociais para proteger a população mais vulnerável. Segundo o ministro, o país está se transformando em uma economia de mercado impulsionada por investimentos privados.
Paulo Guedes apontou que o Brasil antecipou ações das políticas monetária e fiscal na crise internacional provocada pela pandemia e acentuada pela guerra na Ucrânia e que, por isso, atualmente está em crescimento, em movimento “descolado” da desaceleração econômica e da alta de inflação verificada em outros países. Lembrou que o endividamento público já retornou aos níveis anteriores e o cenário fiscal, equilibrado, com superávit primário forte nos três níveis de governo (federal, estaduais e municipais).
O ministro citou motivos que levaram ao nono aumento mensal consecutivo do indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), como divulgado nesta quinta-feira pela CNC. O ICF avançou 2,1% no mês de outubro, alcançando 87 pontos. O índice está em trajetória ascendente e cresceu 18,9% em relação a outubro de 2021 – a maior taxa da história. De acordo com ele, a combinação de deflação com crescimento do emprego formal, transferências de renda e contratação de crédito explicam o resultado.