Ao longo dos seus 70 anos de existência, o SINDICOMIS registrou vários momentos históricos, todos com inquestionável relevância. Agora, às vésperas de entrarmos na segunda década dos anos 2000, começamos a dar os primeiros passos para aquele que será, indubitavelmente, mais um marco no posicionamento da nossa categoria perante o mercado nacional e internacional: a elaboração do Código de Ética e Condutas desta entidade.
Em decorrência, também deveremos ter um certificado próprio, que autentique o respeito que o representado-associado tem para com ele e a qualidade dos seus serviços. Há décadas isto já é feito por alguns segmentos da economia, como as indústrias e hospitais, por meio de renomados órgãos – tais como a International Organization for Standardization (ISO), Organização Nacional de Acreditação (ONA) ou a Joint Commission International (JCI).
Ainda no escopo inicial deste projeto, estamos deliberando sobre a possibilidade de registrarmos e/ou endossarmos o Código e o Certificado junto a algum órgão público federal. No caso específico do Certificado, pretendemos credenciar algumas entidades especializadas em auditoria para chancelá-lo. Como ele poderá ser um elemento decisivo na contratação da sua empresa, isto o revestirá de extrema fidedignidade e será fundamental para que o mercado (entenda-se: seus clientes e possíveis clientes) tenha total confiança nele. Apenas a título de exemplificação, a Fundação Vanzolini é uma entidade que realiza diversas auditorias de embasamento de certificações e recertificações.
Recentemente, enviamos a alguns associados a exposição desta proposta e a solicitação de sugestões para a construção do Código de Ética e Condutas. Queremos que esse documento seja elaborado com a participação do maior número possível de representados. E é por essa razão que, neste momento, apresentamos esta proposta à V.Sa. Queremos receber sugestões para construí-lo com solidez, razoabilidade e confiabilidade, para que seja, finalmente, submetido à votação em Assembleia Geral.
O diretor da Custom, Laércio Anjos Fernandes, foi um dos que retornaram o contato. Ele propôs criar e implantar uma Política de Compliance e Ética da entidade, inclusive para orientar os associados na criação dos seus próprios modelos, e se dispôs a enviar o código do seu grupo para contribuir com outras sugestões.
Mauris Gabriel, diretor da Kuehne + Nagel, reforçou a necessidade de abordarmos o compliance no tema de pagamentos a subcontratados e terceiros, desde que sejam previamente diligenciados por uma unidade certificadora, e inserir a estrita gestão dos treinamentos a funcionários e procedimentos ligados a processos “Red Flag”, quando funcionários públicos e autoridades estão envolvidos no processo aduaneiro, comercial ou logístico. “Não são procedimentos simples de implementar, devido a investimentos e controles efetivos, mas é o que separa a empresa certificada/compliance, nos parâmetros mundiais do FCPA e Anti-bribery, das demais. Por fim, a empresa certificada deveria ter tratamento diferenciado por parte dos órgãos governamentais e posição muito mais relevante nas licitações privadas e públicas, além, exclusivamente, do quesito preço.”
Nossa diretora e managing director da Clipper, Maria Itália Piniano, manifestou-se de acordo com a elaboração de um código de ética geral definido pela associação e ampliou a temática: “Para termos ética profissional, precisamos, também, que os nossos clientes tenham claras quais são as nossas obrigações e limites de responsabilidades”.
Como está escrito, queremos que todos participem da elaboração do Código de Ética e Condutas. Ao longo dos próximos meses, este assunto será tratado em nossas mídias (site, redes sociais, TV SINDICOMIS/ACTC, informativos semanais e no jornal impresso e digital). Contamos muito com suas sugestões, que poderão ser encaminhadas ao e-mail: sindicomis@sindicomis.com.br
Um grande abraço,
Luiz Ramos
Presidente do SINDICOMIS/ACTC