No dia 2 de abril, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) organizou o Webinar “Oportunidades para Produtos Alimentares e Agrícolas Brasileiros em Cidades de Nível 2 na China”, com o objetivo de apresentar mais oportunidades para exportadores brasileiros no país asiático. O evento contou com a participação de Silvia Mu, Chefe de Consultoria na Euromonitor China; Adriano Giacomet, Chefe do Setor de Promoção Comercial (SECOM) da Embaixada do Brasil em Pequim; e Felipe Teixeira, Diretor Executivo na BR Goods, em Ningbo, China, que compartilharam suas experiências e impressões trabalhando no país. Assista ao Webinar completo aqui.
Rodrigo Gedeon, General Manager do Escritório da ApexBrasil em Pequim, recebeu os participantes. “Estrangeiros não podem pensar na China como um mercado único e unificado. À medida que a economia do país e os hábitos dos consumidores amadurecem, cidades de Nível 2 apresentam novas perspectivas de crescimento para a alimentos brasileiros e exportadores agrícolas”, destacou Gedeon.
“Hoje, é muito mais fácil visitar essas cidades. Consumidores estão cada vez mais capazes e dispostos a atualizar seus padrões de consumo, e a cadeia de frios e logística se desenvolveu o suficiente para fazer dessas cidades destinos viáveis para produtos alimentícios importados. A ApexBrasil tem escritórios em Pequim e Xangai, que estão sempre disponíveis para prestar assistência a empresas brasileiras”, completou.
Silvia Mu, da Euromonitor, falou sobre avaliação de mercado para categorias de alimentos agrícolas e embalados em cidades de Segundo Nível na China. Para a palestrante, um erro comum de investidores estrangeiros que entram no país é interpretá-lo como um caso único, já que o mercado chinês compreende tamanho, escala e diversidade imensos.
O estudo desenvolvido pela ApexBrasil (confira aqui) mostra que o PIB total das 10 cidades chinesas de Segundo Nível correspondeu a 12% do PIB total da China em 2022. O relatório focou em dez produtos (sucos, biscoitos embalados, nozes, bolos embalados, queijos, melão, própolis, vinho, destilados e café) e explorou tamanho de mercado, padrões de consumo local, perfil do consumidor, canais de distribuição e cenário competitivo.
O café vem conquistando um espaço cada vez maior entre os consumidores das gerações Y e Z na China. A expansão do número de cafeterias no país evidencia essa tendência. Em 2023, o número de coffee shops na China cresceu impressionantes 58%, superando a marca de 49 mil pontos de venda e ultrapassando os EUA como o maior mercado de coffee shops no mundo.
Essa crescente demanda por café no país trouxe importantes oportunidades para a indústria cafeeira brasileira. Em 2023, nossas exportações para a China excederam 1 milhão de sacas pela primeira vez. Este número quase triplicou em relação a 2022, com um aumento de 278,6%. Quando se compara com o que exportávamos em 2017, o volume aumentou cerca de 10 vezes.
Igor Celeste, gerente de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, introduziu as ferramentas que a Agência disponibiliza para exportadores brasileiros que desejam conquistar oportunidades de mercado internacional. Tais ferramentas podem ser encontradas no próprio site da instituição.
Já Adriano Giacomet apresentou os serviços que o Ministério de Relações Exteriores (MRE), em parceria com a ApexBrasil, oferece para exportadores. No último ano, o Brasil inaugurou o Consulado-Geral em Chengdu (uma das cidades de Nível 2) e, desde então, Embaixada e serviços diplomáticos têm trabalhado para promover uma imagem positiva do Brasil na China e em outros mercados internacionais.
Felipe Teixeira, fundador da BR Foods em Ningbo, busca, há muitos anos, oportunidades de negócio na China. Para o empresário, as cidades de Nível 2 oferecem a mesma experiência que cidades de Nível 1, mas com uma qualidade de vida melhor. Ele também sugeriu que as empresas brasileiras fiquem atentas e próximas à ApexBrasil e ao MRE para que se mantenham mais bem informadas sobre as oportunidades. Ao finalizar, recomendou que todos conferissem o estudo e se informassem sobre quais cidades poderiam acolher seus produtos.
Cidades chinesas de Segundo Nível
A China possui vários centros urbanos que estão entre os maiores do mundo e, por isso, é uma parceira comercial indispensável para o Brasil. Mas o mercado chinês vai muito além das grandes metrópoles, conhecidas como cidades de Primeiro Nível (Pequim, Xangai, Guangzhou e Shenzhen). As cidades de Segundo Nível são localidades também de grande relevância, que apresentam diversas oportunidades de exportação para empresas brasileiras.
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