Agenda de mitigação de GEEs é indispensável e urgente, afirma secretário do MDIC durante instalação do GT para o setor industrial

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) instalou, durante a reunião do Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono (CTIBC) desta sexta-feira (17), o Grupo de Trabalho (GT) do Plano Setorial da Indústria do Plano Clima . Durante o encontro, a Pasta também instaurou o GT de Energia Eólica, ambos coordenados pela Secretaria de Economia Verde (SEV) do MDIC.

O GT do Plano Setorial da Indústria irá construir a estratégia de implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira para a indústria com a proposição de uma meta setorial e posteriormente das medidas de implementação com base nos compromissos firmados pelo Brasil no Acordo de Paris.  “Esse conjunto de eventos climáticos extremos e cada vez mais frequentes nos levam a mostrar a urgência, a importância e a relevância dessa agenda. Tanto a de adaptação dos setores quanto a de mitigação”, afirmou o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg.

O documento elaborado pelo MDIC em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e os setores industriais diretamente envolvidos será apresentado até novembro de 2024 para o Grupo de Trabalho Temporário do Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), órgão coordenador do Plano Nacional de Mudança do Clima, sendo o orientador para que o Brasil incremente a produção industrial com redução proporcional de gases de efeito estufa com competitividade.

Além do MDIC, o GT será composto  pela CNI, pelas Federações das Indústrias dos Estados de São Paulo (Fiesp) e Minas Gerais (Fiemg), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pelo Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico (FEMASE), pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), pelo Instituto Aço Brasil, pelo Sindicato Nacional da Industria do Cimento (SNIC), da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), pela Indústria Brasileira da Árvore (IBÁ), pela Associação Brasileira da Indústria de Vidro (ABIVIDRO).

WORKSHOP

Em paralelo, a SEV ) e a Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), com o apoio da CNI e da Systemiq/AYA Hub, realizarão seminários nos dias 22 e 23/5 e 3 e 4/6 com os seis setores industriais de difícil abatimento e energointensivos para compreender  quais as perspectivas, gargalos e oportunidades para para a elaboração da Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial e para implementar as componentes de descarbonização e transição energética da Missão 5 do Nova Indústria Brasil.

A indústria nacional é responsável por 6% do total de emissões brasileiras. Os setores que participarão dos workshops totalizam 85% desse total.

GT EÓLICAS

Com a presença de atores públicos e privados do setor, o Grupo tem o objetivo de articular o governo com os agentes e stakeholders do setor para diagnosticar gargalos e oportunidaes para o desenvolvimento industrial da cadeia de energia eólica onshore e offshore.

“Com a instalação desse GT, temos o objetivo de propor medidas de fortalecimento para esse setor que é tão importante para os processos de descarbonização da indústria”, disse Rollemberg.

Entre os presentes, além do MDIC, estarão Casa Civil, Ministério da Fazenda, de Minas e Energia, BNDES entre outros.

CNDI

A secretária executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), Verena Hitner, ressaltou a importância da participação do CNDI no CTIBC e nas discussões sobre a adaptação e mitigação para a política industrial. “Temos uma missão que tem se debruçar de maneira excessiva por esse tema”, falou. “É verdade que o tema de descarbonização da indústria está bastante ligada à missão 5, mas se na missão 1 a gente não pensar o que vamos fazer com o SAF, com o hidrogênio verde e com todas as coisas a partir do desenvolvimento da agroindústria nós estamos mal. Se não pensarmos em tudo isso que estamos fazendo a partir do impacto na vida das pessoas, colocado na missão 3, estamos mal”, explicou a secretária executiva.

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