ARTIGO – A importância de poder olhar para o futuro e agir com segurança

Como empresário ou dirigente sindical, ouço muito que temos a necessidade/obrigação de olhar para o futuro. Mas apenas projetar o que está por vir e não agir não vale absolutamente nada.

Por que faço esta reflexão? Conversando com o meu amigo, colega de profissão e vice-presidente do SINDICOMIS e ACTC, nosso estimado Wilson Braum, lembramos que a onda de webinars e reuniões online – que invadiu o mundo desde o início da pandemia – já existe em nossas entidades desde 2017.

Naquele ano, o SINDICOMIS e a ACTC tomaram uma decisão: investir na locação e testes de uma plataforma que não era muito conhecida à época, chamada Zoom. A intenção era que os COMITECs e outras atividades passassem a ser transmitidos de maneira digital, como forma de atender àqueles que não pudessem comparecer presencialmente à sede das entidades, local onde tradicionalmente aconteciam esses eventos. Isso era importante sobretudo para a ACTC, entidade de alcance nacional. Por meio deste recurso virtual, seria possível estreitar as relações com a categoria e permitir maior participação dos representados em diversos assuntos – inclusive em conversas com autoridades.

A plataforma já vinha com vários recursos tecnológicos bastante avançados para a época. Mesmo assim, lembro-me de que alguns questionaram se valia a pena esse investimento. Porém, a compra foi aprovada em 2018 e, graças a ela, hoje temos condições de realizar eventos transmitidos por meio digital com altíssima qualidade e baixo índice de problemas técnicos.

Falando em inovação, me vem à mente que, de uns tempos para cá, muitos tentam se revestir de uma aura de modernidade ao se utilizarem de recursos que julgam inovadores. Só se esquecem de que “o novo” é subjetivo, ou seja, depende da limitação da pessoa que o classifica.

Explicando-me melhor, em Serra Leoa, na África, com seus quase seis milhões de habitantes, menos de 2% da população têm acesso à internet. Imagine qual seria a reação se aparecêssemos lá e mostrássemos tudo o que um smartphone (conectado à internet, evidentemente) é capaz de fazer? Seríamos gênios para eles, mesmo sendo “normais” no mundo altamente conectado em que vivemos.

Por essa e muitas outras razões, sobretudo pelas lições que temos aprendido com a pandemia, precisamos ter em mente que a estagnação operacional de uma empresa ou entidade sindical pode ser fatal.

Indo além, acredito que as empresas, por meio dos seus planejamentos estratégicos, e os sindicatos, baseados em seus estatutos e regimentos, precisam contemplar as bases para que aqueles a quem compete visualizar o futuro possam ter a segurança de poder agir a tempo.

Um forte abraço, sem despregar os olhos do futuro!

Luiz Ramos

Presidente do SINDICOMIS, ACTC e CIMEC

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