O Brasil negocia com a China a construção de uma ferrovia ligando o Porto de Chancay a regiões brasileiras, segundo o Ministro do Planejamento.
“Eles estão muito interessados em ajudar o Brasil, em trazer ferrovias para todo o país”, disse o ministro do Planejamento do governo brasileiro.
O projeto do porto de Chancay, de US$ 1,3 bilhão, é o maior investimento do gigante asiático na América do Sul e parte de seu esforço para expandir o comércio e a influência em todo o continente.
Tebet disse que sua equipe se reuniu há pouco mais de um mês com um grupo chinês que representa a empresa ferroviária estatal do país para discutir uma possível rota ligando o terminal marítimo peruano ao Brasil, com base na visão de que Chancay está na rota mais curta para a China, reduzindo a distância para o comércio marítimo em pelo menos 10.000 quilômetros.
Inicialmente, o lado chinês considerou uma rota pela região amazônica, mas o governo brasileiro rejeitou firmemente a ideia devido à presença de floresta tropical e povos indígenas, de acordo com o ministro.
“Eles finalmente chegaram a um entendimento, após uma análise criteriosa, e a ideia agora é traçar uma rota para o sul”, explicou o ministro, lembrando que a ferrovia passaria pelos estados do Acre e Tocantins, chegando à Bahia e se conectando com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). De fato, essa opção foi explorada em terra por engenheiros do governo chinês que visitaram recentemente o Brasil.
Tebet reconheceu que o projeto levará tempo para se materializar, mas afirmou que ele será transformador para o desenvolvimento econômico das regiões mais pobres do interior do Brasil. “Poderíamos estar falando de cinco anos, talvez oito, para concluir um projeto como esse”, observou ele.
(Portal Portuário)