O Canal do Panamá iniciou um processo de consulta com representantes da indústria marítima para identificar potenciais parceiros no desenvolvimento de novos terminais portuários nos lados Atlântico e Pacífico da hidrovia.
A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) convidou empresas com experiência em operações portuárias e de transporte de contêineres, entre elas APM Terminals, Cosco Shipping Ports, CMA Terminals–CMA, DP World, Hanseatic Global Terminals, MOL, PSA International, SSA Marine–Grupo Carrix e Terminal Investment Limited.
Também participaram principais linhas de transporte de contêineres, como CMA CGM, ONE, Evergreen, Hapag Lloyd, HMM, Maersk Line, MSC, OOCL, COSCO, Yang Ming, Porto de Houston e ZIM.
Um estudo de mercado e de viabilidade será conduzido para ambos os terminais, seguido pela elaboração de um plano diretor, que embasará o processo de seleção da concessionária. Esse processo incluirá etapas de pré-qualificação, interação com os participantes e seleção final, com conclusão prevista para o quarto trimestre de 2026.
A autoridade destacou que o procedimento será transparente e competitivo, com a participação esperada das principais operadoras globais do setor.
De acordo com a Visão Estratégica 2025–2035 do Canal do Panamá, os novos terminais de contêineres serão elementos-chave da infraestrutura de apoio da hidrovia, ficando atrás apenas das eclusas e canais de navegação em importância. O desenvolvimento tem como objetivo ampliar a capacidade portuária e preservar a competitividade da rota panamenha no comércio marítimo internacional.
O investimento estimado para os dois terminais é de US$ 2,6 milhões, com expectativa de gerar entre 0,4% e 0,8% do PIB do Panamá. Durante a fase de construção, deverão ser criados cerca de 8.100 empregos, enquanto a operação dos terminais deverá sustentar aproximadamente 9.000 postos de trabalho diretos e indiretos.
A nova infraestrutura deverá aumentar a capacidade de transbordo de contêineres em 5 milhões de TEUs por ano, reforçando o papel do Panamá como hub intermodal estratégico nas rotas de comércio global. Segundo a autoridade, o objetivo é expandir a capacidade da área interoceânica, que já opera próxima de seu limite, garantindo transparência e aderência aos procedimentos institucionais.
(Fresh Plaza)
