As medidas climáticas intermediárias propostas pela Organização Marítima Internacional (IMO) podem elevar os custos de combustível da frota global em até US$ 100 bilhões por ano até 2035. A projeção é da consultoria Maritime Strategies International (MSI), que alerta para um aumento potencial de 82% nos custos de bunker para navios que continuarem usando combustíveis convencionais, como óleo combustível com baixo teor de enxofre (VLSFO).
O relatório da MSI considera as implicações das novas regras que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa do setor marítimo internacional. Entre elas, estão limites obrigatórios de intensidade de carbono e possíveis esquemas de preços para emissões (como impostos sobre carbono ou mercados de carbono específicos para o setor).
Segundo a MSI, as medidas da IMO deverão impulsionar uma transição para combustíveis com menor pegada de carbono, como metanol verde, amônia ou hidrogênio. No entanto, essa transição também implicará custos operacionais significativamente mais altos, especialmente durante a fase inicial de adaptação da frota mundial.
A IMO deve finalizar o desenho dessas medidas até 2025, com entrada em vigor prevista para 2027. Até lá, armadores, operadores e investidores do setor marítimo deverão considerar ajustes estratégicos para lidar com os impactos econômicos das futuras regulamentações.
(Offshore Energy)