BOLETIM FINANCEIRO PARA INVESTIDORES
Expectativa sobre continuidade de dados positivos do mercado de trabalho nos EUA sustenta alta nas bolsas e queda do dólar no exterior. Payroll sai 9:30 e deve mostrar criação de 3,06 milhões de postos em meio à retomada da atividade mesmo com casos crescentes de Covid-19 no território americano. Pedidos de seguro-desemprego e de encomendas nos EUA também saem hoje, véspera de feriado.
No Brasil, número de mortos em decorrência do vírus supera 60.000, mas analistas sugerem que o pior do efeito da pandemia na economia ficou para trás. Produção industrial pode ajudar a balizar quadro da atividade, mas de maio. Fenabrave divulga dados de junho do setor automotivo.
Ontem, PMI de junho mostrou forte recuperação, assim como o dos EUA. Senado deve promulgar hoje adiamento das eleições municipais, aprovado ontem na Câmara (Bloomberg).
Dólar abrindo com variação de -0,57%.
Ministério aumenta projeção de superávit comercial para US$ 55,4 bi
O desempenho das vendas de produtos agropecuários, principalmente para a Ásia, fez o Ministério da Economia elevar de US$ 46,6 bilhões para US$ 55,4 bilhões a projeção de superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2020. A revisão, que sai a cada três meses, foi divulgada nesta quarta-feira (01/07) pela Secretaria de Comércio Exterior da pasta.
Em relação à estimativa anterior, divulgada em abril, a projeção para as exportações em 2020 saltou de US$ 119,8 bilhões para US$ 202,5 bilhões. Afetada pela alta do dólar e pela contração da economia, a previsão para as importações caminhou no sentido oposto, caindo de US$ 153,2 bilhões para US$ 147,1 bilhões.
A projeção para a corrente de comércio – soma das exportações e importações – caiu de US$ 353 bilhões, em abril, para US$ 349,6 bilhões em julho.
Segundo o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, o desempenho relativo das vendas de produtos agropecuários mostra a “resiliência” das exportações brasileiras em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. De janeiro a junho, as vendas desse tipo de produto aumentaram 23,8% pelo critério da média diária em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as exportações totais caíram 6,4% na mesma comparação.
Queda das importações faz balança comercial bater recorde em junho
A queda nas importações provocada pela alta do dólar e pela retração na atividade econômica fez a balança comercial bater recorde em junho. No mês passado, o país exportou US$ 7,463 bilhões a mais do que importou. Esse é o maior superávit para o mês desde o início da série histórica, em 1989.