Saúde mental: coordenador do curso de Medicina da PUC-SP elogia iniciativa do SINDICOMIS NACIONAL

Uma cláusula inédita na última convenção coletiva do SINDICOMIS NACIONAL, que obriga empresas a manterem programas de saúde mental para seus funcionários, recebeu elogios do psiquiatra Jorge Henna, coordenador do curso de Medicina da PUC-SP.

“Apoio incondicionalmente essa cláusula na convenção coletiva do SINDICOMIS NACIONAL, que impõe que o trabalhador tenha, pelo menos, o direito de se tratar nessa área”, posiciona-se o especialista.

“O cenário é preocupante”, alerta o médico, apontando que os casos de burnout (esgotamento físico e mental causado pelo trabalho) quadruplicaram em apenas três anos. “Os dados do INSS são contundentes: foram 421 benefícios concedidos em 2023, representando um aumento superior a 1.000% desde 2014.”

O coordenador do curso de Medicina da PUC-SP observa: “O burnout democratizou-se. Se, antes, ele era visto como exclusivo de profissionais como controladores aéreos e enfermeiros de UTI, hoje sabemos que afeta todas as categorias – de músicos e autônomos a executivos”.

Ele prossegue: “Nossa sociedade, obcecada por produtividade e resultados financeiros, ainda estigmatiza questões de saúde mental”. Normalmente, o trabalhador, temendo ser visto como fraco, esconde seu sofrimento dos outros, enquanto é devastado internamente.

“O atendimento e acolhimento às pessoas nesse estado é fundamental. Já passou da hora de obrigarmos os detentores do emprego dos empregados a darem suporte aos trabalhadores. Vejo com preocupação movimentos auto afirmativos de negação dessa patologia, e pior, reforçando a fraqueza de quem as apresenta”, reforça Henna.

De acordo com Luiz Ramos, presidente do SINDICOMIS NACIONAL e da ACTC, uma das grandes inovações desta convenção é a implementação de um programa voltado à saúde mental e ao bem-estar dos trabalhadores. “Este programa inclui atendimento psiquiátrico e psicológico, prevenção de doenças mentais e treinamentos específicos, sem nenhum custo adicional para os empregados”, afirma.

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