Todos os navios que passarem por águas europeias agora devem apresentar comprovante de seguro

A Comissão Europeia adotou mais uma medida importante para combater a chamada “frota sombra” que transita por suas águas. A emenda à Diretiva de Monitoramento de Embarcações agora exige que todos os navios, inclusive aqueles que apenas passam pelas águas da União Europeia sem atracar em um porto do bloco, forneçam informações sobre seguro.

“Exigindo que todas as embarcações operando em nossa proximidade estejam devidamente seguradas, a capacidade da UE de monitorar e, se necessário, investigar atividades marítimas é reforçada, enfrentando os riscos representados por navios sem seguro ou inseguros”, declarou a Comissão Europeia em um comunicado.

A diretora-geral de Mobilidade e Transportes, Magda Kopczyńska, afirmou: “Esta é uma medida específica com potencial de grande impacto, fortalecendo a capacidade de prontidão dos estados costeiros da UE.”

O número de embarcações afetadas por sanções ultrapassou 1.000 no final do ano passado, segundo dados da S&P Global Market Intelligence, que indicam que mais de 800 desses navios não têm seguro confirmado. Além disso, a idade média das embarcações sancionadas — 21 anos — é cerca de oito anos superior à média global, aumentando a preocupação de que a expansão da chamada “frota sombra” possa levar a múltiplas e custosas catástrofes ambientais.

Após vários quase desastres envolvendo navios envelhecidos da frota sombra da Rússia, além de casos de cabos submarinos cortados por embarcações que arrastavam suas âncoras, países de toda a Europa vêm tomando medidas para enfrentar os riscos impostos por essa frota clandestina de petroleiros.

Diversos navios passaram a ser alvo de sanções, enquanto a OTAN e vários países bálticos têm conduzido, desde janeiro, uma operação naval chamada Baltic Sentry para combater ataques a infraestruturas submarinas.

Desde fevereiro, a Autoridade Marítima Dinamarquesa vem realizando inspeções de controle de Estado do porto em petroleiros considerados de alto risco que fundeiam em Skagen, no extremo norte do país, uma área de ancoragem bastante movimentada.

Também neste ano, a Força Expedicionária Conjunta (JEF) ativou um avançado sistema de reação liderado pelo Reino Unido para rastrear potenciais ameaças à infraestrutura submarina e monitorar a frota sombra russa. A operação naval, chamada Nordic Warden, utiliza inteligência artificial para analisar dados de diversas fontes, incluindo o Sistema de Identificação Automática (AIS), usado pelos navios para transmitir sua posição, e calcular o risco representado por cada embarcação que entra em áreas de interesse.

No início deste mês, autoridades da Estônia detiveram um petroleiro de 18 anos (foto) por navegar sob bandeira falsa, a primeira vez que um país banhado pelo Mar Báltico tomou tal medida contra a frota sombra da Rússia.

Fonte: Splash247

Tradução por: Sindicomis

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