Exportações brasileiras para a China batem recorde, mas especialistas alertam para riscos da concentração em commodities

A participação da China nas exportações brasileiras dobrou nos últimos dez anos, atingindo 30,7% do total em 2022, o equivalente a US$ 104,3 bilhões. Essa tendência se manteve no primeiro trimestre de 2023, com os chineses comprando 29,4% do total de mercadorias exportadas pelo Brasil, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O estudo da FGV também revela uma concentração recorde das vendas para a China em apenas três produtos básicos: soja (31%), minério de ferro (23%) e petróleo (23%). Juntas, essas commodities responderam por 77% do comércio bilateral nos últimos 15 meses.

Especialistas alertam que a crescente dependência do mercado chinês e a concentração das exportações em poucas mercadorias tornam o Brasil vulnerável a flutuações de preços e mudanças na demanda. Essa situação evidencia a necessidade de diversificar os parceiros comerciais e agregar valor aos produtos exportados, a fim de reduzir os riscos e garantir um crescimento econômico mais sustentável.

Enquanto o governo busca ampliar os acordos comerciais e estimular a inovação, empresários e economistas defendem uma estratégia de longo prazo para fortalecer a competitividade da indústria nacional e explorar novos nichos de mercado. A aposta é que, com políticas adequadas e investimentos em tecnologia e infraestrutura, o Brasil possa reduzir sua vulnerabilidade externa e aproveitar melhor seu potencial exportador.

 

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